terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Pixel Dungeon: Minha porta de entrada para os RPGs Rogue-like

O jogo lhe dá as boas vindas, mas
ele quer mesmo é te matar
Hoje estive jogando um pouco de Pixel Dungeon para Android, RPG Rogue-like (semelhante ao jogo Rogue) no qual escolhemos um personagem para navegar por um labirinto gerado aleatoriamente pelo jogo. Portanto, localidades de salas, inimigos, e até efeitos de cada item mudam a cada jogada, exigindo rapidez de raciocínio do jogador. Além disso, os inimigos são impiedosos e os calabouços contém muitas armadilhas que às vezes beiram o absurdo. Assim, cada jogada é intensa.  Vou narrar aqui de forma resumida uma rodada bastante tensa que tive recentemente com esses labirintos pixelizados.

Ao iniciar, segui minha escolha habitual do guerreiro. Além dele, temos disponíveis as classes mago, ninja e caçadora, cada qual com seus atributos únicos para cada jogada. Logo na porta ao lado da entrada do labirinto havia uma sala com um precipício logo ao lado. De forma totalmente irresponsável saltei para o precipício, indo parar no segundo subsolo do calabouço. O problema é que fui parar em uma sala trancada e sem outra saída. Obviamente eu não tinha a chave, mas explorando o lugar encontrei um anel no escuro que brilhava com um dourado frio em meio às sombras. Naquele momento eu já achava que a aleatoriedade do jogo havia pregado mais uma de suas inúmeras peças - nas quais caí várias vezes... Quando esbarrei em um objeto diferente. A chave para a saída!



Ainda no segundo subsolo poucas salas ao lado estavam as escadas para o terceiro nível do calabouço. Até aqui nenhum inimigo apareceu. A incursão está com uma atmosfera misteriosa, como narra o próprio jogo ao dizer ao jogador que "uma atmosfera misteriosa cerca este subsolo".  Isto tudo logo na hora em que chego a um precipício com um caminho de madeira atravessando-o de norte a sul, com ramificações para o leste, que foi o caminho que segui. Mais uma escada, desta vez para a quarta masmorra do labirinto. Quatro níveis inteiros e nenhum inimigo apareceu... Será que eu iria vencer sem precisar lutar? Logo ao pisar neste andar, uma armadilha de gás venenoso foi ativada pintando o ar com uma aquarela verde de morte. Com este susto inesperado levei meio segundo para reagir, e o guerreiro mal sobreviveu a esta sala. Ao sair de lá, percebo o ambiente inundado, prenunciando perigosa espreita, e não sem ser completamente inesperado surgiu perante o guerreiro um caranguejo do esgoto.
No meio do caminho você encontrará side quests, algumas que deixarão
seu personagem mais forte, e outras que podem matá-lo.



É sempre assim que termina cada
rodada de Pixel Dungeon...
Como havia adquirido pouca experiência em combate, além de ter sido gravemente ferido na armadilha de gás venenoso, de forma torturante percebi que não derrotaria a criatura, ao mesmo tempo em que dolorosamente estava ciente de que o fim estava próximo para o guerreiro sem nome.
E assim terminou mais uma visita intensa a Pixel Dungeon, que com sua aleatoriedade sem escrúpulos garante que cada partida seja única e tenha níveis de tensão que dificilmente vemos em jogos de qualquer época. A experiência com um Rogue-like foi reveladora e a brutalidade de desafio junto à sua aleatoriedade dos eventos faz deste jogo um titulo imperdível. Pessoalmente gostei muito desse estilo de RPG. Nada focado em história mas absolutamente divertido na jogabilidade. Serviu muito bem para que eu compreendesse qual é a graça de um Rogue-like. São jogos nos quais cada partida é única, imprevisível e frustrante. O importante é a jogada, a jornada. O caminho e não o destino. Pixel Dungeon frustra com sua brutalidade e nuances, mas não consigo parar de jogar. E é graças e esse jogo que agora pretendo conhecer mais Rogue-likes.


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