Pole Position não é nem de longe o primeiro jogo de corrida, mas foi o primeiro a trazer realismo ao gênero, praticamente criando tudo o que viria a ser esperado de um jogo de corrida. |
Estou ciente de que o Pub anda carente de jogos de corrida. Já há algum tempo quero falar sobre Pole Position de Arcade, o jogo que praticamente inventou o gênero corrida. Hoje vou fugir da rotina e falar de dois jogos ao mesmo tempo: Pole Position I e II. Como foram lançados em 1982 e 1983 respectivamente, eles são bastante parecidos, sendo as únicas diferenças o detalhamento gráfico e o número de pistas. A ideia dos dois é muito parecida, por isso achei que não faria sentido escrever duas análises pois ficaria repetitivo. Então vamos lá.
Pole Position I em ação |
São dois jogos de corrida concebidos por ninguém menos que o pai de Pac-man, Toru Iwatani. Talvez apenas esta descrição já aponte para clássicos sem necessidade de maiores explicações. Porém, mais do que isto, Pole Position e sua sequência podem ser considerados como os grandes precursores dos jogos de corrida, definindo o que sempre se espera de um jogo de corrida desde 1982. Nas versões originais jogavam-se em uma cabine com pedais para freio e acelerador, mais volante, simulando a experiência de dirigir um veículo de verdade. Para esta análise usei os jogos da coletânea Namco 50th anniversary para PS2.
Nestes jogos controlamos um carro de fórmula 1 visto pela traseira, assim como Night Driver havia feito alguns anos antes. As pistas são bastante coloridas porém na medida certa, sendo sem dúvida o jogo mais impressionante - visualmente falando - de 1982. A sensação de velocidade é constante e a movimentação do carro pela pista segue um efeito de rolagem muito interessante, que viria a ser o padrão desses tipos de jogos por pelo menos mais de uma década depois, influenciando Enduro, OutRun, Top Gear, entre tantos outros. O gráfico do segundo jogo é um pouco mais detalhado que o primeiro, mas ambos são incríveis para a época e foram em minha opinião foram insuperáveis até o lançamento de Punch-out! pela Nintendo, que analisei aqui no blog.
Já no primeiro jogo havia uma excelente sensação de velocidade |
Os sons são bastante primitivos em comparação com os gráficos dos jogos, porém não comprometem em nada a experiência. Nestes jogos, pilotamos o carro primeiro por uma volta de qualificação. Se o jogador terminar a volta no tempo certo, ele se qualificará para uma corrida de fórmula 1 no pé do Monte Fuji contra outros 7 carros. Se o jogador não conseguir qualificar para a corrida, ele ficará na pista de qualificação até o tempo acabar. É importante também evitar sair da pista para não destruir o carro nos Outdoors, além de evitar bater em outros carros, causando a destruição dos envolvidos.
O primeiro jogo tem apenas a pista do Monte Fuji, mas sua sequência conta com mais três pistas. Hoje em dia parece pouco, mas para a época Pole Position foi incrivelmente revolucionário, empurrando os videogames para um novo patamar. É um jogo tão bem feito e avançado que é difícil acreditar que saiu em 1982. E a sequência, ainda melhor, em 1983... Parecem mais jogos do início do ciclo do Mega Drive, o que é impressionante.
Pole Position II apresenta diferenças sutis em relação ao primeiro jogo |
Minha experiência com esses petardos foi prejudicada pela falta de um volante - joguei com o Dual Shock 2 mesmo - mas mesmo assim me diverti bastante com esses dois jogos. Recomendo a todos conferir esses jogos tão revolucionários a ponto de moldar um gênero inteiro e trazer um maior nível de realismo aos videogames.
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