Nesta última sexta, de forma
excepcional e completamente fora do habitual tiramos uma folga em
casa. Depois de almoçarmos uma bela polenta com frango na casa dos
pais de minha esposa, ficamos descansando, e enquanto procurava algo
para jogar, resolvi conhecer casualmente mais um jogo do período
jurássico e áureo dos fliperamas. Kung Fu Master é um dos
primeiros jogos na história a iniciar o estilo conhecido como
Beat'em Up ou "briga de rua", como é bem conhecido entre
jogadores desde a década de 1990. Este jogo foi lançado para os
fliperamas em 1984 pela Irem, sendo também lançado em vários
outros sistemas e consoles, dentre eles o NES. A versão da qual falo
hoje é a de Arcade que joguei pelo MAME depois de nosso belo almoço naquele dia.
A história envolve o batido e infalível (para a época) clichê de donzela raptada por vilões, e que seria padrão de muitos Beat'em Ups clássicos, sendo o mais evidente deles o famoso Final Fight, que seria lançado pela Capcom anos depois. Porém, em 1984 este ainda não era um clichê, e portanto uma justificativa mais do que adequada para que um lutador de Kung Fu declare guerra contra um templo inteiro repleto de outros lutadores. E também convenhamos que não importa muito a história quando o ponto central é puramente a diversão rápida.
Nosso herói é
claramente inspirado em Bruce Lee, e a primeira coisa que salta aos
olhos neste jogo é o estilo. O cenário lembra muito aqueles filmes
clássicos de Kung Fu, bem como a postura dos personagens e posições
de luta. A ação ocorre em um cenário 2D com scroll lateral no qual
nosso personagem enfrenta sozinho uma legião de adversários.
O jogador deve controlar Thomas por 5 andares lotados de adversários, e à sua disposição tem a possibilidade de saltar e agachar. Dependendo da combinação de botões, é possível aplicar rasteiras, chute alto e salto com chute, além de soco baixo e soco alto. A mecânica de combate desse jogo ainda é vista até hoje com variações em jogos de luta. Os inimigos são rápidos e o nível de dificuldade aumenta rapidamente. O primeiro andar do templo é meio que uma introdução para o jogador se acostumar com as mecânicas da pancadaria, mas no segundo andar as coisas esquentam de verdade, quando Thomas precisa também evitar serpentes e dragões. Os controles são muito bons e respondem muito bem, de acordo com o ritmo frenético do jogo. Os sons são bastante avançados para a época, com uma trilha sonora carregada de um clima de filme de artes marciais, e vozes digitalizadas. Coisa fina mesmo. Os gráficos apresentam cenários detalhados e uma ótima movimentação dos personagens.
Eu apanhei tanto no primeiro andar que tive que registrar minha subida triunfal após vencer o primeiro chefe. |
Kung Fu Master não é apenas parte da história. É um excelente jogo! |
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