sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Análise 43 - Punch-Out! [Arcade]

Seguindo com as análises, ainda dentro dos jogos sobre lutas e artes marciais, hoje falo sobre o jogo que começou uma série aclamada de clássicos da Nintendo: Punch-Out! Lançado em 1984 pela Nintendo para os fliperamas, Punch-Out! é um jogo de boxe mano a mano desenvolvido sob a capitania de Genyo Takeda (notório principalmente pelos arcades Space Firebird, Popeye, além de Super Punch-Out!, Pilotwings 64, entre outros jogos, além de ser um dos principais responsáveis por projetar o Nintendo Wii) e Makoto Wada (que por sua vez participou do desenvolvimento de uma série de jogos, sendo os mais notórios Super Smash Bros. 64 e Brawl, Super Mario Sunshine e Pokémon Stadium). Logo ao jogar é simples perceber que este é de fato um jogo da Nintendo, tamanho o polimento e diversão envolvidos.



Provavelmente em 1984 não existia jogo mais bonito visualmente que Punch-Out. A ação ocorre de um ponto de vista por trás do nosso boxeador, porém ele é representado de forma transparente em framewire. Pessoalmente achei muito interessante esta opção, porque permite ver claramente a movimentação do oponente, ao mesmo tempo em que é possível claramente ver os movimentos de nosso lutador. Os sprites dos personagens são enormes, a movimentação e a ação são extremamente fluidas e ágeis, e muita coisa acontece na tela ao mesmo tempo. Os personagens são cheios de detalhes e parecem ser parte de um desenho animado. Todos eles são caricatos e carismáticos, e a plateia também é representada de uma forma super detalhada, com flashes de máquinas fotográficas a todo momento, tendo até algumas participações especiais - que hoje em dia o pessoal gosta de chamar de "easter eggs".
 


 Os sons são parecidos com a maioria dos jogos de NES, em mono. As músicas são bem simples, mas cativantes, compostas por Koji Kondo (que ficaria notório anos mais tarde com Super Mario Bros. e Legend of Zelda para nintendinho). O jogo apresenta vozes digitalizadas, com o narrador gritando o nome de cada golpe, mostrando mais um avanço que não quase não existia na época. A plateia é bem barulhenta, como deveria ser em um jogo de boxe, e dá para ouvir as câmeras fotográficas trabalhando loucamente, além de cada golpe ter um som convincente. Os sons aumentam a adrenalina do jogo na hora da contagem. Enfim, tudo no perfeito lugar.

Os controles são extremamente simples, mas efetivos. Com o joystick é possível se esquivar para os lados, subir ou abaixar as luvas, permitindo escolher onde defender. Em conjunto com os dois botões de soco (um para cada punho) é possível determinar também onde atacar. Parece um pouco confuso, mas é muito fácil de aprender, e esse esquema de controles permite atacar e defender com estratégia, explorando os pontos fracos que cada adversário apresenta. Há também um botão para um super ataque. 





 


Punch-Out! é um jogo ágil e extremamente divertido. É fácil aprender a jogar, mas difícil de dominar, e os oponentes mais avançados dão bastante trabalho para vencer. Mais do que um jogo de luta, é meio que um puzzle, no qual é preciso aprender as fraquezas de cada adversário para avançar. É um jogo desafiador e gratificante, um clássico. Em minha opinião o jogo mais impressionante da primeira metade da década de 1980 - pelo menos entre os que joguei até aqui. Jogue hoje mesmo!



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