Não é um segredo para meus amigos e familiares, colegas de trabalho, enfim, todos que convivem comigo, que eu sou um cara caseiro. Eu sou o tipo de pessoa que quase paga para ficar em casa - hiperbolicamente falando, claro. Neste momento escrevo essas linhas ouvindo o álbum Steppenwolf de 1968 da banda homônima enquanto descansamos em casa após uma viagem a Paraty-RJ em comemoração a um ano de casado. Sim, o tempo voa.
Paraty é uma formidável região de baía com vegetação predominante de Mata Atlântica e mangues, com um pitoresco centro histórico no qual fervilham manifestações artísticas, desde artesanato, teatro, música e literatura - algumas delas com excelentes momentos, e outros que nos fizeram coçar a cabeça... Fato é que a pluralidade reina por aqueles territórios onde viveu a outrora família real portuguesa. A excelente culinária e os passeios diversificados contribuíram para que tivéssemos momentos inesquecíveis em nosso primeiro aniversário de casados.
Esta curta viagem, embora não tenha feito com que eu deixasse de ser extremamente caseiro, me trouxe uma simples porém importante revelação. Embora eu goste muito de estar em meu lar, ficar com minha esposa e nossa filha de quatro patas, além de poder ler, assistir filmes e séries e ainda curtir minha coleção de jogos retrô - sem esquecer, é claro, de escrever aqui no blog - , viajar faz-se importante para oxigenar e valorizar o lar.
Enquanto estivemos fora pude refletir sobre posicionamentos de minha carreira, planos para melhor aproveitar o esforço do trabalho, enfim, as ideias foram arejadas por brisas oceânicas e pela atmosfera colonial. Percebi que viajar é a reafirmação do prazer de viver e do regozijo por projetos e empreitadas. Viajar traz o ânimo, o clima de navegar. O clima de estar em movimento e não estático: estar vivo.
Esta pequena postagem na qual compartilho esses breves pensamentos tem por mensagem o seguinte: não deixem de viajar. Não importa se for um passeio para perto, não importa se é para ficar na casa de alguém ou em algum camping ou hostel. Desde que caiba em seu orçamento, passeie. Mesmo que for para perto, ou um bate-volta. Afinal, viajar não é apenas ir para longe e hospedar-se. Viajar envolve nossas mentes e o estado de espírito livre no qual nos desconectamos das engrenagens da rotina. É importante não nos deixarmos viciar, não ficarmos como Chaplin em Tempos Modernos... Mesmo que não saiam de casa, meus amigos, viagem. Esta é minha mensagem a vocês.
“Ele costumava sempre dizer que só havia uma Estrada, que se
assemelhava a um grande rio: suas nascentes estavam em todas as portas, e
todos os caminhos eram seus afluentes. ‘É perigoso sair porta
afora, Frodo’, ele costumava dizer. ‘Você pisa na Estrada, e se não
controlar seus pés, não há como saber até onde você pode ser levado…’”
Também sou deste tipo mais caseiro.
ResponderExcluir"Viajar é duro, prefiro Enduro"
8 Bits Ullisses.
Sensacional rima Ulisses! Rsrs
ResponderExcluirFicar em casa é tudo de bom.
kkkkkkkk você falou em viajar lembrei logo do melhor jogo de "viagem" do Atari ^_^
ExcluirAbração!
excelente post!
ResponderExcluir@Scant Tales
ResponderExcluirObrigado! :)