sábado, 10 de junho de 2017

Análise 62: Sky Kid [Arcade]


O PS2 é um dos melhores sistemas para jogar velharias e títulos de Arcade, muito em parte por conta das excelentes coletâneas lançadas pelas grandes produtoras de sempre. Dentre elas, a coletânea Namco 50th Anniversary tem sido ultimamente particularmente reveladora, com verdadeiros petardos. Um deles é Sky Kid, que parece ser um dos jogos menos conhecidos da Namco na época de ouro dos Arcades. E apesar deste relativo anonimato, este jogo nos lembra que procurar por títulos antigos pode revelar a descoberta de obras verdadeiramente divertidas. Este jogo é um shooter com srooling lateral, no qual controlamos um avião que deve destruir alvos específicos. A grosso modo, é isto. Evidentemente, como todo bom arcade clássico dessa época, a coisa ficava mais complexa em movimento.



Sky Kid apresenta visuais coloridos e animados, com um clima descontraído, diferente da maioria dos jogos de tiro da época que normalmente tinham uma temática espacial, meio dark. Talvez esse seja um dos primeiros shooters bem humorados, por assim dizer. Os veículos adversários são muito bem retratados e nunca há dúvidas sobre o que pode ou não destruir o avião do Sky Kid. As animações são fluidas e ágeis, combinando muito bem com o dinamismo do jogo. Graficamente esse título lembra muito os jogos de Master System no final dos anos oitenta.

O som do jogo funciona muito bem sem ser enjoativo - o que é um grande ponto positivo, até porque esse jogo demanda uma certa dedicação e tempo - com músicas em tons maiores e clima amigável, até meio infantil em alguns momentos. Os efeitos sonoros são típicos dos Arcades da Namco, gerando todo aquele clima nostálgico de fliperama.

 
É possível direcionar o avião para todas as 8 direções de controle, além de três botões: tiro, looping e lançamento de bomba. Os controles são suaves e ágeis, o que é fundamental pois esse jogo vai exigir muito reflexo por parte do jogador. Os tiros funcionam como habitual em shooters de progressão lateral, e lançar as bombas segue as leis da física - lembrando Scramble, lançado anos antes. O looping, porém, é o grande diferencial da jogabilidade de Sky Kid. 


Apertando esse comando, o avião automaticamente faz uma manobra de looping completo em 360°, voltando à posição inicial. Em estágios mais avançados é primordial o uso dessa técnica para desviar de inimigos que se aproximam por trás e depois atirar. É difícil se acostumar com a manobra, mas uma vez aprendida, é um movimento muito satisfatório de realizar, contribuindo com o fator diversão. O jogo é dividido em fases, cada qual com um alvo que deve ser bombardeado. Pelo caminho, os outros veículos de guerra vão fazer tudo para derrubar o avião. Um tiro é suficiente para perder uma vida. Não se enganem, este aqui é um típico shooter da época: difícil, osso duro de roer.




 
Sky Kid é um jogo simpático, com ideias muito próprias e originais para um shoot'em-up e muita dificuldade. Tem todo um clima de arcade clássico dessa época. Isso o torna extremamente divertido e cativante. Trata-se, portanto, de mais uma pérola esquecida da Era de Ouro dos Arcades. 


5 comentários:

  1. "Graficamente esse título lembra muito os jogos de Master System no final dos anos oitenta."
    Puta merda, foi exatamente o que pensei ao ver as imagens antes mesmo de ler o texto! Eu senti o estilo de cores do Master e um level design levemente de Atari (vide Choper Commamd, por exemplo).
    Ótimo texto, vou adicionar aos games arcade para jogar.

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  2. Pois é, Ulisses. Como quase tudo o que a Namco fazia naquela época, Sky Kid surpeende. Vale muito a pena conhecer! Se não me engano deve ter também uma versão de nes. E ele abre fácil no MAME, sem burocracias. Realmente lembra Chopper Command. Poucos shooters horizontais são da direita para a esquerda né... Acabam chamando a atenção mesmo.

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    1. Rapaz, a biblioteca de jogos do MAME é sempre uma surpresa. Eu já vasculhei o emulador e mesmo assim não tinha visto esse. Os jogos obscuros de NES é outra fonte gigantesca!
      Abração Lucas.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Isso é uma coisa que eu curto nos emuladores. Dá para termos acesso a jogos que muito dificilmente encontraríamos, até antigamente. Abração Ulisses!

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