Após uma semana fora das publicações - mas não sem escrever - volto às teclas com café ao lado antes de mais um dia de trabalho. Aqui tenho o prazer de expressar minha ideias sobre um hobbie de que tanto gosto: jogos antigos. E aqui continuo firme e forte com mais uma edição da Jornada Atari 2600, coluna esta na qual me propus a jogar todos os jogos do Atari 2600 mais ou menos em ordem de lançamento. Mais ou menos porque a cada ano de lançamento, sigo uma ordem mais ou menos alfabética. Essa imprecisão porém, não impede de mostrar o cenário em que este console viveu em seu auge. O ano é 1983, e ainda teremos muito o que falar sobre este ano. Hoje, porém, o foco são os jogos a seguir.
Alien's Return é mais um jogo estilo labirinto à-la Pac-man, mas lento e irritantemente monótono. Assault é um shooter estilo Space invaders com uma boa movimentação e velocidade que tinha tudo para ser divertido, porém os controles derrubaram o que seria um bom jogo. Para atirar, é preciso apontar o direcional para cima, e assim sacrificamos qualquer precisão que poderíamos ter na movimentação, fator fundamental para um bom jogo de tiro. Uma pena. E assim segui com os jogos desta edição... Bank Heist a princípio me causou rejeição pelo nome: não acho que um jogo com a premissa de assalto a banco seja algo legal (E mesmo assim, gosto muito de GTA. Que hipocrisia, não?), mas logo ao começar, me apaixonei pelo jogo. Sim senhoras e senhores, estou sendo hiperbólico, mas esse jogo merece. Bank Heist aborda o estilo labiríntico de Pac-man como poucos outros jogos: nele controlamos um carrinho que mais lembra um fusca e coletamos dinheiro espalhado pelo caminho - portanto nem é um assalto... E a cada dinheiro que pegamos, carros começam a perseguir o fusquinha esperto. O jogo é simples de jogar mas diverte muito. Uma grande surpresa escondida no Atari 2600, vale muito a pena conhecer.
Beamrider é mais um shooter, porém é tão bom que só podia ser da Activision. É um jogo de tiro com naves em progressão vertical com um ângulo de visão em perspectiva com uma excelente sensação de profundidade e distância nos cenários e naves inimigas, lembrando muito o jogo Silpheed de Sega CD que meu grande amigo Cassio destrinchou em seu blog Junk Tech. Excelentes controles completam este clássico, que não faço ideia do porquê de não ser super famoso e conhecido. Depois desses grandes momentos na Jornada, era o momento de jogar Bobby Is Going Home, que tenta ser um jogo de plataforma estilo Pitfall, mas não rolou. O jogo é lento, com um ritmo quase glacial. Boing! É um clone de Q*Bert muito bem feito. Controlamos uma bola de futebol que deve fugir de inimigos, agulhas e ainda preencher todos os quadrados no cenário. Jogo bem feito e divertido, recomendado apesar de não ser original. Bump 'n' Jump é um jogo de carros com visão aérea lembrando vagamente o Spy Hunter. Nele podemos fechar carros e inimigos, além de precisar saltar para sobreviver ao percurso. É um jogo frustrante de difícil, mas apesar disso é divertido e interessante. China Syndrome é um jogo interessante de puzzle e reflexos rápidos explorando as cores primárias. É original, mas não segura por muito tempo.
Mal suspeitava eu de que o próximo jogo seria absurdamente surpreendente. Chuck Norris Superkicks é um jogo de ação com um estilo todo próprio: você começa controlando o Chuck Norris em uma estrada e entra em batalhas aleatórias (!!!) como em um RPG mesmo. Ao mudar de tela assumimos o controle livre do personagem em lutas. É um jogo muito ambicioso para o Atari 2600 e ainda por cima funciona muito bem. O problema são os controles, que exigem uma combinação entre direcional e o botão de ação para realizar chutes ou socos. Fica meio frustrante, mas eu entendo que isso é mais uma limitação do Atari em si do que um problema com o jogo. Congo Bongo é um clone obscuro de Donkey Kong, porém realmente não funciona bem - pelo menos a versão de Atari 2600. Crackpots é um jogo curioso: nele você precisa derrubar potes de flores sobre aranhas antes que elas subam pelo muro. É surpreendentemente divertido, com ótimos controles. O cenário foi reciclado diretamente de Keystone Kapers... Mas como é da Activision, acho que eles podem...
Mal suspeitava eu de que o próximo jogo seria absurdamente surpreendente. Chuck Norris Superkicks é um jogo de ação com um estilo todo próprio: você começa controlando o Chuck Norris em uma estrada e entra em batalhas aleatórias (!!!) como em um RPG mesmo. Ao mudar de tela assumimos o controle livre do personagem em lutas. É um jogo muito ambicioso para o Atari 2600 e ainda por cima funciona muito bem. O problema são os controles, que exigem uma combinação entre direcional e o botão de ação para realizar chutes ou socos. Fica meio frustrante, mas eu entendo que isso é mais uma limitação do Atari em si do que um problema com o jogo. Congo Bongo é um clone obscuro de Donkey Kong, porém realmente não funciona bem - pelo menos a versão de Atari 2600. Crackpots é um jogo curioso: nele você precisa derrubar potes de flores sobre aranhas antes que elas subam pelo muro. É surpreendentemente divertido, com ótimos controles. O cenário foi reciclado diretamente de Keystone Kapers... Mas como é da Activision, acho que eles podem...
Crash Dive é mais um excelente jogo de tiro com estilo em scroll lateral, lembrando Scramble e Gradius. Nele controlamos um avião que faz as vezes de submarino, podendo mergulhar no oceano. Os controles são excelentes, os gráficos muito bem feitos e cheios de pequenos detalhes, como o espirro de água quando a aeronave mergulha... Vale muito a pena conhecer. Cross Force aborda o estilo shooter de um jeito muito original: nele, controlamos duas barras - uma em cima e a outra na parte de baixo da tela. No meio da tela há inimigos que atiram em suas barras. Ao usar o botão de ação, uma espécie de raio surge entre as duas barras destruindo o que estiver no caminho. O jogador deve manobrar essas barras e destruir alvos para aumentar a pontuação. Os controles são bons e o jogo é divertido, mas prepare-se para um alto nível de dificuldade. Death Trap é um jogo de tiro no qual temos que destruir duas armas enormes com uma barra de energia que leva a eternidade para descer... Os controles são bons e o jogo é inteligente em seus pequenos detalhes, mas exige muita paciência em um gênero que acabei de inventar: "comer a sopa pelas bordas simulator". Pessoalmente, não consegui toda essa paciência, como vocês devem imaginar.
Em Dolphin controlamos um golfinho que deve fugir de algo parecido com uma lula gigante. Os controles são bons e é preciso aproveitar as correntezas para ganhar velocidade. Esse jogo faz um excelente trabalho em transmitir a sensação de suspense conforme a lula se aproxima. Um jogo muito bem feito, mas não se esperava menos da Activision nessa época. Finalizando os jogos da edição, Donkey Kong Junior é uma conversão do original de Arcade. Ano passado publiquei aqui no blog a análise da versão de NES - que pode ser lida aqui. Esta versão do Atari 2600 é bastante simplória e com controles inferiores ao arcade e ao NES, como esperado. Mas isso não impede que seja um bom jogo. É um título até surpreendente para o Atari 2600 que cumpre bem a proposta do jogo original, exigindo reflexo, velocidade e alguma estratégia.
Mesmo em versão reduzida, Donkey Kong Jr é inconfundível. |
E aqui termina mais uma edição da Jornada Atari 2600, na qual estou a passos largos de jogar todos os jogos da biblioteca de Atari 2600. Essa foi mais uma edição muito divertida, e a essa altura do catálogo do velho Atari, posso dizer que o console tem muitos mais jogos bons do que eu esperava. Com certeza o velho Atari 2600 é uma agradável surpresa.
Destaques: Beamrider, Bank Heist, Chuck Norris Superkicks, Cross Force, Dolphin, Donkey Kong Junior.
Piores momentos: Alien's Return, Bobby is Going Home, Congo Bongo.
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