sexta-feira, 14 de abril de 2017

Análise 54: Bosconian [Arcade]


Quando comecei este blog, não esperava que passasse de 50 análises de jogos. Registrar opiniões sobre esses jogos tão antigos hoje em dia é mais divertido do que eu esperava, e esses textos são um registro cabal da qualidade duradoura e da diversão atemporal de tais jogos. Hoje é mais um título divertidíssimo que trago para essas linhas: Bosconian, desenvolvido pela Namco e lançado por ela no Japão em 1981. No ocidente, coube à Midway o lançamento deste shooter multi direcional no mundo ocidental.

A Namco dessa vez abordou o estilo consagrado de Galaxian e Galaga de um jeito diferente: ao invés de controlar sua nave em um sentido vertical e único, você controla o veículo em todas as oito direções, atirando em naves e aliens pelo cenário. O objetivo em cada fase é destruir estações espaciais, que são compostas por seis partes mais um núcleo principal, nos quais a nave precisa atirar. Os obstáculos para isso são mísseis, minas e naves inimigas que sempre vão buscar colidir com o jogador. 






Na primeira fase as coisas começam meio que tranquilas para que os controles sejam assimilados, e logo de cara o jogador consegue perceber a inovação de um radar semi transparente na tela, mostrando os alvos a serem abatidos. A dificuldade tem um aumento rápido e vertiginoso, com as estações espaciais reagindo aos ataques e defendendo-se conforme avançamos cada fase. Os controles são intuitivos e ágeis, com uma movimentação excelente e equilibrada. Outro traço muito interessante é que a nave atira para frente e para trás, deixando tudo ainda mais dinâmico.


O visual faz bonito para a época, sendo até mais interessante que o clássico Galaga. Os sons também são avançados, sendo este um dos primeiros jogos de arcade a usar vozes digitalizadas. Imagino o impacto disto em 1981... O excelente youtuber Lord Karnage fez uma excelente análise - clique aqui. O somatório de todos esses fatores faz de Bosconian um shooter bastante divertido, apesar de ficar muito difícil rapidamente. Fui conhecer esse jogo só depois dos 26 anos de idade pela coletânea Namco 50th Anniversary do PS2. Sinceramente eu não sei por que esse jogo não é lá tão famoso quanto Galaxian, Galaga ou Pac-man. Fato é que Bosconian merece ser lembrado tanto quanto esses clássicos da própria Namco, seja pela diversão que é controlar a nave em todas as direções, seja pelas muitas inovações que esse jogo trouxe aos arcades. É meio clichê dizer isso, mas Bosconian é um clássico adormecido que vai te surpreender se ainda não jogou. 


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