quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Análise 45 - Dig Dug [Arcade]

 
Foi só depois de adulto, após começar a me interessar por jogos anteriores ao ano em que nasci - 1990 - , que fui conhecer Dig Dug. Parte da coletânea Namco 50th Anniversary para PS2, foi neste formato e pelo MAME que pude jogar este jogo tão aclamado mas que após a década de 1990 caiu no esquecimento. Nestas minhas análises sobre jogos mais antigos não é possível expressar a nostalgia de quem viveu naquela época - porque não vivi - mas ao invés disso eu pretendo falar sobre o senso de descoberta e surpresa que venho tendo a cada vez que jogo um desses títulos dos tempos da Guerra Fria. E Dig Dug foi um dos jogos que mais me causou surpresa e diversão desde que me atrevi a escrever sobre jogos que não foram de minha juventude.


Uma cabine de Dig Dug em ação

Em 1982 Dig Dug era lançado para os fliperamas com o mesmo hardware de Galaga (1981) pela Namco no Japão e pela Atari no ocidente. Logo ao perceber a origem do hardware, é de se esperar que esse jogo tenha gráficos incríveis para a época, o que é verdade. Desde seu lançamento, este título se tornou uma das máquinas mais populares de arcade da história. Mas é um bom jogo?





FINISH HIM!
Trata-se de um jogo em 2D com tela fixa, na qual escavamos pelo subterrâneo com o objetivo de eliminar todos os inimigos da tela. Controlamos o personagem Dig Dug (o qual vou chamar de Dig para não ficar me repetindo muito), que é um sujeito uniformizado munido de uma bomba de ar que serve como arma: é preciso inflar os inimigos até que eles estourem. Apesar de ter um visual por assim dizer "fofo", Dig Dug provavelmente inaugurou uma finalização cruel parecida com os Fatalities, que surgiram em Mortal Kombat. O direcional conduz Dig pelo subterrâneo, enquanto o botão de ação aciona a bomba de ar. Uma única bombeada paralisa os bichinhos, permitindo ao jogador passar por eles, enquanto várias bombeadas os explodem.










É possível usar essas habilidades de acordo com o terreno, paralisando vários deles, enquanto abre um caminho para atraí-los até as pedras caindo e assim ganhar vários pontos de uma vez, ou dar uma de Rambo e ir matando um por um manualmente. A natureza aberta de Dig Dug gera imprevisibilidade, e é preciso dominar as mecânicas do jogo para avançar. Isto acrescenta elementos leves de puzzle, que tornam as caçadas ainda mais divertidas e variadas. Perdemos uma vida ao tocar em um dos bichos ou se um deles fugir da tela, então os fatalities precisam ser rápidos...


Os sons são completamente adoráveis e à frente de sua época; a música toca enquanto o personagem se move e fica muda quando ele pára, gerando um ritmo muito interessante para o jogo. Os controles são responsivos e assim como Galaga, Dig Dug parece um jogo de Master System ou Nintendinho. Levando em conta que esse arcade é de 1982, é realmente impressionante vê-lo em ação, e ainda mais jogá-lo.

Dig Dug é um jogo que não envelhece e diverte absurdamente. Me diverti muito mais com Dig Dug do que com Pac-man, por exemplo, e é difícil parar de jogar. Recomendo a qualquer perfil de jogador conhecer alguma versão de Dig Dug, que foi portado para múltiplos consoles, além de suas sequências. Dig Dug talvez não seja tão intensamente lembrado, e apesar de não ser tão levado em conta pelo aspecto histórico, é uma obra prima dos videogames.  


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