domingo, 5 de fevereiro de 2017

Jornada Atari 2600 Edição 07: Começa 1982!

Dispensa apresentações
Antes de começar esta sétima edição da Jornada Atari 2600 que segue firme e forte, preciso confessar que comi bola em relação à última edição. Eu disse que havia jogado todos os jogos de 1981 para o sistema, mas faltou um jogo: Freeway da Activision. Vou falar sobre ele logo mais. E agora, seguindo em frente, entramos no ano de 1982, provavelmente o auge do Atari 2600. Pelo que estudei da lista de jogos lançados para o Atari, provavelmente vamos demorar umas boas postagens para cobrir todo o ano de 1982 no console. Mas não temos pressa e o objetivo é pura e simplesmente se divertir conhecendo velharias mais velhas que eu. Como eu já disse mais de uma vez, não tenho a intenção de transmitir a nostalgia de uma época que não vivi, mas sim gostaria de registrar a experiência e descoberta de quem não estava por perto quando tudo isto ocorreu no videogames. Enfim, vamos continuar com a Jornada. Coloque uma banda de 1982 para tocar e vamos lá. Esses jogos foram embalados ao som do álbum Creatures of the Night do Kiss...


Freeway é frenético
O último de 1981 foi Freeway, da Activision, é uma variação do Frogger, no qual temos de ajudar frangos a atravessarem a rua. Só podemos ir em frente ou voltar. É um jogo para partidas em dois competindo pelo maior número de frangos atravessados. Jogo terrivelmente desafiador mas dificuldades mais altas, bastante divertido. Depois de uns frangos atropelados, fui de fato começar os jogos lançados em 1982. Comecei pelo Atari Video Cube, que é uma tentativa de reproduzir aqueles "cubos mágicos". Assim como forca e dama, é melhor jogar no formato original, com o cubinho mesmo - que encontramos em qualquer lojinha de 1,99 ou aquelas Xing-Lings da vida...





Depois parti para Berzerk e aí a coisa ficou SÉRIA. Berzerk é um famoso jogo de tiro com visão aérea, estilo Robotron 2084, porém não tão frenético. Os controles são simples: o direcional movimenta o personagem e direciona os tiros disparados pelo botão de ação. As paredes são elétricas aparentemente e em uma voltagem letal. Devemos evitá-las e trocar tiros com os robôs no cenário, e o posicionamento do personagem é fundamental para evitar o fogo inimigo e revidar. Ao vencer os inimigos, avançamos por várias salas, lembrando de forma rudimentar o Legend of Zelda que só sairia anos mais tarde... Em alguns cenários aparece um smiley psicótico invencível (!!!!) do qual temos de fugir. O jogo tem um bom desafio e uma dificuldade ajustável. Os controles são ótimos, adorei esse jogo.
Berzerk é impressionante.



Quadrados e mais quadrados de pura ação
Como se não bastasse o fantástico jogo que foi Berzerk, cheguei a Centipede, que é tão bom quanto o original de arcade, apesar de ter visuais ainda mais rudimentares. Mas este é aquele jogo no qual o que importa mesmo são os tiros e a diversão. Recomendadíssimo... A jornada continuou a me empolgar, e mal eu podia esperar para jogar a versão de Defender. Achei divertida, porém morna. Os gráficos ficam piscando muito e é difícil enxergar os humanos a salvar. Dá para brincar um pouco com esta versão, mas nem chega aos pés da original.






Mesmo com perdas, Defender continua competente.



Muito cuidado com o logo da Enix...
Mas, como aprendi a esperar de uma jornada dessas, depois destes bons jogos, o nível votou a cair. Crazy Climber é mais uma bizarrice simpática do Atari 2600. Nele, temos de escalar um prédio evitando obstáculos. O inimigo é o smiley psicótico invencível do Berzerk que arremessa pela janela o logo da Enix na direção do jogador... Duvida? Veja a foto ao lado e confirme!







Na foto parece até aceitável, mas espere jogar...


Haunted House é uma espécie de Adventure no escuro, onde vemos apenas os olhos do personagem, devendo evitar morcegos e fantasmas, entre outras criaturas. A tela muda de cor quando chegamos em alguns pontos. Mas não saquei o objetivo. Alguém saberia dizer qual é a de Haunted House?

Famoso por ser citado como símbolo do infame Crash
dos videogames em 1983. É um jogo ruim, mas acho
injusta a imagem que foi criada pela mídia de que E.T.
tenha sido determinante para isso...
É apenas um jogo sem diversão, nada mais.
Sempre li e ouvi que Pac-Man para Atari 2600 era uma decepção, uma bomba. Fui jogar de mente aberta, disposto a fazer vistas grossas para eventuais bugs, mas o que fizeram aqui foi demais. Explico o porquê. Não bastava fazerem gráficos feios até para o Atari, os controles do Pac-man ficaram escorregadios, dificultando muito aquela precisão que o original exige. E para agravar os problemas com esse título, os fantasmas agem como fantasmas mesmo: eles atravessam paredes, cercam a bolota amarela sem possibilidade de fuga, sendo quase impossível ir muito longe. As cores e o modo como as piscadas se comportam dificultam muito atacar os fantasmas, enfim... Esses ingredientes, principalmente o over power que deram nesses fantasmas, tiraram a diversão de Pac-man. Uma pena. Já o E.T. the Extra-Terrestrial merece toda a má fama que adquiriu e um pouco mais... Por fim, Demons to Diamonds é um shooter esquisitão e nada divertido.


Demons to Diamonds tem umas ideias até interessantes, mas não é divertido.

Nessa remessa de jogos me surpreendi com Berzerk e Centipede, e pude confirmar a fama de Pac-man e E.T. Continuamos a próxima edição com mais jogos de 1982 para este sistema clássico e peculiar, para dizer o mínimo, que é o Atari 2600.

Destaques: Berzerk, Centipede.
Piores momentos:  Pac-man, E.T.




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