terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Análise 32 - Centipede [Arcade]


Seguindo com as análises de títulos dos primórdios dos videogames, chegou o momento de conhecer mais um título de peso da Atari para o Arcade. Desenvoldido por Ed Logg e Dona Bailey (uma das poucas mulheres a trabalhar com design de jogos na época) e lançado pela Atari para fliperamas em 1980, Centipede é um jogo shoot'em-up vertical no qual o jogador deve atirar em insetos e centopeias que descem pela tela, devendo eliminá-los antes que cheguem à parte de baixo da tela, em um estilo que em muito lembra Space Invaders e Galaxian. 

A centopeia do título começa a avançar do topo da tela, juntamente com escorpiões, pulgas e outros representantes do filo arthropodae. Ao atirar em algum trecho da centopeia, forma-se um cogumelo, que ao tocar na centopeia faz com que ela desça um nível e mude de direção. Porém, é possível destruir os cogumelos, com 4 tiros para cada um, e quanto mais cogumelos na tela, mais difícil será parar a centopeia. Ao atirar no meio dela, as duas metades passam a agir de forma independente para chegar à parte de baixo da tela. Quando a centopeia chega ao fundo, ela fica subindo e descendo próximo ao jogador, e continua assim até que todas suas partes sejam destruídas. Quando isto ocorre, surge uma nova centopeia na parte de cima da tela. Difícil? Com certeza. Veja o jogo em funcionamento aqui.
 
O visual é primitivo, com a ação ocorrendo em tela única e os personagens representados por quadrados. É portanto daqueles jogos antigos em que a ação ocorre mais na imaginação do jogador. O personagem pode se mover para os lados, para frente e para trás, e o controle dos movimentos é ágil. A mecânica do jogo lembra muito Space Invaders, porém a ação é muito mais frenética e portanto mais desafiante - e em partes até frustrante de tão difícil que fica. O jogo já começa difícil na primeira etapa e o objetivo é eliminar todos os inimigos antes que cheguem ao fundo da tela. Os sons são extremamente primitivos como esperado e o jogo realmente brilha nos controles e na jogabilidade.

Apesar de sua crueza, Centipede é divertido e tem um apelo a jogadores mais competitivos. Impressiona a variedade de movimentos e o dinamismo da ação em um jogo desta época. A ação ocorre em uma velocidade impressionante. É até hoje lembrado como um dos grandes nomes dos fliperamas no início da década de 1980, tendo relançamentos, sequências e remakes para quase todos os sistemas de videogame.


A dificuldade aumenta muito rápido.



Centipede realmente deve ser incrível
no controle original
Os controles da versão presente no Atari Anthology do PS2 - que foi a que eu tive acesso - são um pouco "pesados" por assim dizer, mas nada que não se possa acostumar com um pouco de prática. Nesta versão ainda é possível ajustar a sensibilidade do controle, tal qual um emulador permitiria. Não pude jogar com a trackball do original,  porém acredito que a experiência deva ser muito mais divertida com os controles originais. Mesmo usando um modo de controle diferente,  me diverti bastante com Centipede. Vale a pena conhecer mais este clássico da Atari.













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