quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Análise 30 - Pitfall II: The Lost Caverns [Atari 2600]

O cartucho de Pitfall II
Continuando com uma sequência de análises dos grandes jogos da Activision para Atai 2600, hoje venho com a sequência de um clássico. Pitfall II: The Lost Caverns é um jogo de plataforma 2D, sequência direta do clássico Pitfall!. Também desenvolvido por David Crane e lançado pela Activision para Atari 2600 em 1984 e é um dos últimos grandes títulos lançados para o console da Atari. Infelizmente foi lançado pouco depois do famoso crash dos jogos eletrônicos em 1983, e acredito que por isso Pitfall II seja menos lembrado que seu antecessor. E deveria sim ser mais lembrado, pois este título pegou a mecânica clássica do jogo anterior e lançou a premissa a níveis mais complexos: aqui Pitfall Harry pode nadar e há cenas com saltos muito maiores, mais inimigos e principalmente, um mapa imenso para explorar.








Desta vez é possível nadar.

Há vários caminhos alternativos para avançar.
No primeiro Pitfall, exploramos uma selva com o nível térreo e um subterrâneo, na segunda parte temos vários níveis de subterrâneo, daí o nome "as cavernas perdidas". Há uma sensação maior de escala, e nesta sequência o jogador tem vidas ilimitadas e sem tempo limite -o que acredito eu, seja para evitar a frustração, pois se a mecânica fosse idêntica ao anterior, este aqui seria "injogável". E este é provavelmente um dos primeiros jogos a ter o conceito de checkpoint, pois em vários pontos há uma cruz vermelha no chão, para qual o personagem volta sempre que é atingido por algum perigo letal. Além dos ambientes serem maiores, há um pouco de scrolling vertical, pois em alguns momentos Harry descerá às catacumbas ou usará um balão para subir vários níveis. O personagem também poderá nadar, buscando tesouros submersos. 

Provavelmente um dos primeiros jogos a ter checkpoint.
A progressão do jogo também não é muito linear, o que significa que alguns pontos não são diretamente acessíveis, exigindo que o jogador explores os labirintos, gerando profundidade ao jogo. Este é provavelmente o mais amplo jogo de plataforma 2D em seu tempo, influenciando fortemente o desenvolvimento do gênero com muitos avanços. Foram também introduzidos dois personagens (não controláveis) ao jogo: Quickclaw, o leão montanhês de estimação de Pitfall (!!!) e sua sobrinha Rhonda. Para vencer o jogo é preciso resgatar os dois personagens e encontrar um anel de diamante pelo caminho.
As muitas ações diferentes em Pitfall II elevaram
os jogos de plataforma a um novo patamar

Outro importante avanço é a presença de uma trilha sonora, que sinceramente me surpreendeu por estar no Atari 2600. Se vocês lerem minhas outras análises de jogos do sistema, verão que sempre cito os sons do console como primitivos. Não aqui. Há uma trilha sonora épica que poderia bem estar em um jogo de NES ou Master System, e há variações sutis de acordo com as ações do personagem. Os visuais são um pouco melhores que o primeiro jogo, principalmente na movimentação e ver o jogo em movimento é impressionante por se tratar de um jogo de Atari 2600. O jogo é extrememente divertido e cativante, à altura dos outros títulos de peso da Activision como River Raid, Keystone Kapers e H.E.R.O. Mais um clássico dos primórdios dos consoles de mesa.


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