quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Análise 26 - Frogger [Arcade]

Quem sabe um dia eu consiga jogar
nas máquinas originais...

Após alguns dias sem postar, volto hoje com mais um importante fliperama da década de 1980. Minha rotina de horários variáveis de trabalho não favorece a jogatina de títulos mais longos como RPGs e adventures elaborados, porém é muito interessante para jogos de partidas rápidas como nos primórdios dos videogames e a era de ouro dos arcades. Esse tipo de jogo é excelente para sessões rápidas e é muito divertido poder voltar a esses jogos após cada período de ausência. Durante uma rotina corrida, são verdadeiras válvulas de escape que animam o dia de qualquer um. E um luxo que temos nesta era de modernidade extrema é a possibilidade de não precisar procurar um fliperama sempre que quiser jogar - embora eu gostaria muito de um dia jogar os fliperamas originais dos jogos que já analisei por aqui.

Seguindo a lógica de uma certa cronologia - não tão rigorosa, porém lógica - chegou o momento de jogar Frogger. E mais uma vez conheci - ou melhor, redescobri - uma pérola. Quando eu tinha uns 7 ou 8 anos de idade minha tia havia adquirido um PC com windows 95 (provavelmente aqueles com processador IBM), e como em 1997 eu não conhecia computadores, a interface do windows me impressionou muito, assim como suas possibilidades. Simplesmente era um sistema multimídia que permitia brincar com imagens, digitar textos melhor que uma máquina de escrever, ouvir CDs, e pasmem: podia até rodar jogos! Este PC tinha os clássicos campo minado, paciência, copas e afins. Porém, não sei dizer o porquê, nem como, mas a máquina tinha uma versão (ou clone, não me lembro) de Frogger instalada. A premissa era simples demais: era preciso conduzir os sapinhos por meio de uma rodovia até a segurança. Não preciso dizer, que como criança, eu gostava muito daquele jogo.

Por que o sapo atravessou a rua?
Adiantando para o ano de 2016, tudo mudou e muito: os recursos daquele PC incrível são obsoletos hoje; a criança já saiu de casa e está engatinhando pela medicina e pela vida de casado. Mas a diversão de Frogger continua a mesma. Desenvolvido pela Konami e lançado pela Sega fora do Japão em 1981. Até hoje é lembrado como um dos clássicos da época de ouro dos arcades, notável por sua premissa e tema. 

O objetivo em Frogger é conduzir sapos até suas casas atravessando uma rodovia e um rio, ambos cheios de perigos. Em uma rodada, dependendo das opções escolhidas, o jogador tem 3, 5 ou 7 vidas, guiando um sapo até uma das 5 casas de sapo ao final da tela. O percurso começa na parte de baixo da tela, começando pela estrada cheia de carros, na metade do caminho com uma zona neutra para que o jogador se prepare para a segunda parte, que é um rio com tartarugas, crocodilos e outros perigos, chegando ao topo da tela. Perde-se uma vida ao atingir ou ser atingido por um carro, ou caindo no rio, ou tocando algum predador. Assim, é preciso desviar do tráfego e pular de tronco em tronco pelo rio até alcançar o final.








Todas as fases têm um tempo limite de 1 minuto e o jogador precisa ser rápido. O único controle é o joystick (em outros formatos e sequências usam os botões direcionais) para mover o sapo nas quatro direções padrão. Quando todos os cinco sapos chegam ao final o jogo progride para o próximo nível, ficando mais difícil e rápido. Após 5 níveis o jogo fica mais fácil por pouco tempo, até ficar progressivamente mais difícil nas próximas 5 fases.

Apesar de os ambientes não mudarem,
há muita variedade em Frogger.
Na época não existia um jogo com tantas formas diferentes de o personagem morrer; com uma caveira aparecendo no lugar do sapinho ao perder uma vida. Desde o tempo limite, até os carros, água, outros animais... Denotando assim um jogo de muita variedade e desafio, mantendo o interesse dos jogadores por mais tempo. O sistema de pontuações é baseado na capacidade de sobrevivência do jogador, assim a pontuação aumenta a cada passo sem perder uma vida, ao chegar na casa dos sapos, ao guiar uma rã para casa, comer uma mosca, ou quando os 5 sapos chegam à segurança.

Inovador em seu tempo, Frogger ainda diverte muito.
Tecnologicamente é também muito interessante, com cores vibrantes e ação ágil o tempo todo, com muitas coisas acontecendo na mesma tela. Foi um dos primeiros arcades a usar mais de uma CPU, à época com impressionantes dois processadores Z80. Os efeitos sonoros são um pouco acima da média para a época. 
Um dos muitos flyers da época.

Fogger é mais um jogo extremamente divertido dos tempos em que os fliperamas eram as principais formas de videogames. Ação desenfreada, necessidade de estratégia e planejamento fazem deste um título obrigatório da década de 1980, assim como Pac-Man. No meu caso, foi excelente jogar pois me trouxe lembranças de uma ótima época, em que se eu não tinha tanto acesso aos jogos, as poucas vezes em que os vi incendiaram minha imaginação infantil.



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