sábado, 5 de novembro de 2016

Análise 25 - Q*Bert [Arcade]

Mas que @!#?@! de gabinete lindo!
A jornada para conhecer jogos antigos dos primórdios deste formato de entretenimento é extremamente reveladora. Este ano pude jogar desde jogos primitivos como Pong e Breakout até títulos mais elaborados como Prince of Persia: Sands of Time. A cada análise que me proponho a fazer neste blog, é uma experiência a mais para meu "currículo gamer"; e agora em 2016 tenho visto meu histórico cada vez mais completo. Hoje vou falar sobre um herói boca-suja e marrento: Q*bert.









A perspectiva tridimensional da pirâmide.
O personagem Q*bert e o conceito do jogo foram criados por Jeff Lee, porém foram desenvolvidos e implementados em formato de jogo por Warren Davis. Q*bert foi muito bem recebido em seu lançamento nos fliperamas sendo também um sucesso de crítica. Foi a investida de maior sucesso da Gotlieb no ramo dos videogames e até hoje é um dos títulos mais populares e conhecidos da era de ouro dos Arcades.
 
Este é um jogo de ação com fortes elementos de quebra-cabeça produzido e lançado pela Gottlieb (famosa por suas máquinas de Pinball) em 1982. Cada fase se passa em uma pirâmide de cubos representada por gráficos isométricos, gerando um efeito pseudo-tridimensional que funciona muito bem ao passar uma sensação de profundidade do cenário. 






A premissa do jogo é tão cativante quanto o personagem
Controlamos Q*bert por sobre os cubos, mudando a cor deles ao pisar em cima, e o objetivo é mudar a cor de todos os cubos ao mesmo tempo em que evita uma série de inimigos e obstáculos que se movem pelos cenários. O personagem é controlado simplesmente pelo joystick, sem um botão de ação - em meu caso, pelo MAME, usei as teclas direcionais do teclado. Os controles são extremamente simples, realmente basta mover o personagem e as respostas aos comandos são perfeitas. Há, entretanto, uma dificuldade com relação às beiradas: como é um jogo isométrico, é um desafio pegar o jeito da direção a ser pressionada, e até isto ocorrer, várias vidas e créditos serão perdidos. Mesmo assim, vale a pena insistir um pouco, pois após algumas jogadas, Q*bert fica bastante envolvente. O jogo é desafiante, com inimigos rápidos e que muitas vezes armam emboscadas, portanto é preciso estratégia no posicionamento e na movimentação. 

Um breve tutorial do sistema de jogo.
Os gráficos têm um visual isométrico passando a sensação de profundidade, semelhante a Zaxxon da Sega, lançado no mesmo ano. Q*bert ficou famoso não apenas pelo carisma - tendo aparecido em brinquedos, desenhos e afins - mas também por seus "palavrões". Ao ser atingido por algum inimigo no cenário e perder uma das vidas, aparece um balão de fala sobre a cabeça do personagem escrito "@!#?@!"; como se ele estivesse praguejando algum termo censurado, ficando para a imaginação dos jogadores quais palavrões ele teria dito.  

Provavelmente o primeiro jogo no qual o personagem
expressa os sentimentos do jogador.
Q*bert é bastante divertido em partidas mais rápidas, e os níveis avançados pegam fogo. Não foi um jogo que mudou os videogames, mas é bem lembrado como uma contribuição de valor à época de ouro dos arcades, com um personagem carismático e uma premissa divertida. Diferente de DOnkey Kong e Pac-man - os outros dois arcades com um personagem carismático e central - Q*bert não ficou nem de longe tão popular e lembrado. Mesmo tendo ficado restrito ao passado, vale a pena conhecer. Quem se aventurar por estas pirâmides descobrirá um excelente jogo de ação e sobrevivência. E vai também xingar muito a cada vez que sofrer uma emboscada faltando apenas um bloco para fechar a fase.




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