terça-feira, 25 de outubro de 2016

Análise 20 - River Raid [Atari 2600]

O bom e velho estilo colorido
das capas dosjogos de Atari
Seguindo minha programação informal de posts temáticos de shoot'em up que por sua vez também se iniciou de modo informal e hoje terminará formalmente. Na vida conforme caminhamos os caminhos vão se formando de um modo orgânico e natural, sempre fluido. Então, de forma natural, este será o último dos posts do primeiro especial de shoot'em up que iniciei lá atrás com a análise de Asteroids. Após isso, vou focar em outros estilos e com certeza o estilo de shooters ou navinhas vai voltar, porque não é possível discorrer sobre a história dos videogames sem abordar este tema, pois este foi o gênero mais importante dos jogos eletrônicos em seu início.













Hoje falo sobre um jogo extremamente popular do Atari 2600, que é muito lembrado pelo pessoal mais velho, principalmente no Brasil: River Raid. Lançado em 1982 pela Activision e projetado por Carol Shaw (provavelmente a primeira mulher a encabeçar a criação de um jogo eletrônico!), trata-se de um shooter com scrolling vertical - algo como Scramble, porém com a perspectiva vertical do clássico Galaxian.

A ação é constante no rio sem volta
Os gráficos são básicos, mas muito acima da média no Atari 2600, e retratam muito bem o tema do jogo: nele controlamos um avião de guerra subindo por um rio em direção a linhas inimigas, e enfrentamos helicópteros, navios e outras ameaças belicosas. O uso de cores é muito bom, a exemplo de Enduro no próprio Atari 2600, também pela Activision, e não há dúvidas sobre elementos do cenário e inimigos. Os helicópteros e armas de guerra são muito bem retratados, não há como duvidar sobre o que é o rio e o que é a terra firme... E há também alguns detalhes que tornam o mundo do jogo convincente, como casas e árvores á beira do rio. Como esperado com jogos do Atari 2600, os sons não têm uma trilha sonora, porém são surpreendentes em River Raid. O tempo todo o motor do avião está roncando, os tiros e explosões são bastante realistas para o Atari, lembrando o fliperama Defender em alguns momentos, e isto é um grande elogio em se tratando de jogos para consoles domésticos desta época.
River Raid chama a atenção pelos detalhes

Os controles são excelentes e uma parte importante do que torna River Raid tão divertido. O avião não pode manobrar para cima e para baixo - é possível se movimentar apenas para os lados, assim como em Space Invaders e Galaxian. Porém, o avião está sempre seguindo em frente no sentido vertical, e é possível acelerar ou desacelerar a aeronave usando a alavanca para cima e para baixo. O jogo não tem um final, como por exemplo Scramble: ele continua, ficando cada vez mais difícil, sendo o objetivo quebrar os recordes. Existem muitas lendas urbanas que corriam entre o pessoal mais velhinho sobre o final deste jogo, porém ele realmente não tem um final específico.
Um trecho do manual, explicando o sistema de pontuações e as informações da tela de jogo.

O sistema de pontuações não foge à regra do estilo na época, sendo bastante "arcade", mas um arcade em casa. Ao tocar em algum inimigo ou acabar o combustível o jogador perde uma vida. para recuperar o combustível é preciso passar por cima dos tanques de combustível, mas também é possível destruí-los para aumentar a pontuação, então cabe ao jogador administrar os recursos. Para um jogo de Atari 2600 a interface é super avançada, mostrando alguns textos, o logo da Activision... River Raid tem todos os elementos de um clássico e é atemporal, tendo o poder de agradar tanto os mais velhinhos quanto os mais jovens. Excelente jogo em qualquer período histórico!



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