quarta-feira, 10 de maio de 2017

Análise 60: SonSon [Arcade]

Este mês de Maio tem sido, felizmente, corrido no trabalho. A cada dia que passa aumenta minha empolgação com as pequenas férias de uma semana que vamos tirar logo mais em junho. Apesar de meu tempo ser limitado, tenho jogado muita coisa de fliperamas além dos jogos de Atari 2600. Fazer isso tem sido revelador, além do fato de que esses jogos divertem instantaneamente, e ainda não consomem muito tempo... O que é valioso em minha rotina, pois posso me divertir apesar da rotina de trabalhos. Na ordem das análises dos clássicos de outrora, chegou o momento de falar sobre SonSon, lançado para os fliperamas em 1984 pela Capcom. Trata-se de um jogo de tiro com progressão lateral em side scrolling, mas sem nenhuma nave a se ver. Sim, senhoras e senhores, nele controlamos o personagem SonSon, que é uma espécie de garoto macaco  (quem lembrou do Son Goku?) que avança pelos cenários correndo e atirando em tudo pela frente.

Retirado do Arcade Museum


A história do jogo é, segundo a wikipedia, vagamente baseada no antigo romance chinês "Jornada para o Oeste", na qual o personagem principal busca uma estátua do Buda. No romance original, há uma busca pelos conhecimentos budistas nas regiões da Índia e Ásia Central por parte dos personagens em suas viagens. Assim, o enredo de  SonSon é uma espécie de paródia bem humorada deste épico. Os visuais remetem o clima oriental da história e os sons do jogo são cativantes: uma trilha sonora com clima do Oriente Medieval ao fundo dá o clima da ação desenfreada, que por sua vez é impiedosa.  Mas de uma forma absurdamente divertida.










Neste jogo a tela está sempre em rolagem horizontal da esquerda para a direita, sendo que é possível controlar a velocidade do avanço de SonSon, mesmo que ele sempre avance. A tela apresenta seis plataformas paralelas pelas quais navegamos o personagem apertando para cima ou para baixo para mudar de posição em uma tela constantemente em movimento e progressão lateral. A tela pára de se mover apenas quando deparamos com inimigos maiores- sim, chefes de fase parecem ser naturais aqui já em 1984, o que mostra como a Capcom sempre teve o olhar voltado para o futuro dos jogos. O botão de ação faz o personagem atirar fogo rápido em inimigos igualmente ou ainda mais rápidos. Assim, o jogo, que começa divertido e simples, logo fica impiedoso com o jogador, mas de uma forma estimulante e divertida. Além de um excelente shooter, ainda tem um modo multiplayer cooperativo para dois jogadores simultâneos.


SonSon é envolvente e divertido do início ao fim, com ótimos controles, sons e visuais. Os gráficos são à altura doa melhores jogos de NES, e para 1984 isto é  um  feito e tanto. A diversão é espontânea e instantânea, o jogo simplesmente cativa quem vier jogar. Sinceramente eu não entendo por quê esse jogo não ficou famoso como outros jogos de tiro da época. SonSon é um jogaço!

2 comentários:

  1. Este tipo de jogo sempre me cativou, mesmo que eu não seja o melhor dos players. Mas Sonson em especial eu joguei bastante logo que rolou o "boom" da emulação nos anos 90. Alguma coisa me fazia ficar voltando a ele - e a um outro título com uma "mola" ambulante.
    Ótimo ler suas matérias aqui, meu amigo! Ando com menos tempo pois estou reorganizando a vida, como conversamos brevemente, mas é sempre um deleite ler seus textos!
    Grande abraço :).

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  2. Eu me lembro da época daquelas revistas que vinham com jogos completos de PC (com coisas como Shogo e Outcast) e versões demo... Lá em 1998 ou 99 eu me lembro de ter lido algo sobre os emuladores, e achei surreal a ideia de rodar jogos antigos de arcade no PC. Ter máquinas de jogos à disposição em casa? Era um sonho distante, pois nosso PC na época não conseguia rodar jogos atuais e eu não fazia ideia de como conseguir um emulador... Foi em 2002 para 2003 que eu fui descobrir melhor os emuladores quando começamos a ter uma internet um pouco melhor em casa. Cara, eu me lembro de quando eu ligava o PC depois da meia noite na época da internet discada... Que alegria foi poder baixar Donkey Kong Country 2, F-zero... E os jogos de N64? Levavam coisa de uma hora para baixar e eu achava aquilo tudo o máximo, mesmo o emulador sendo cheio de erros naquela época. Só de ter o Mario 64 e Wave Race funcionando praticamente sem falhas no PC era uma alegria extrema para um rapaz de 12 anos que não teve o Nintendo 64 na época... Bons tempos, agora que olho para trás.
    Enfim, o SonSon foi um jogo que demorei a conhecer. Por algum motivo os jogos da Capcom antes do Mega Man e Ghosts and Goblins não são muito lembrados... Uma pena, porque são verdadeiras pérolas esquecidas. Este da mola nunca vi. Você lembra o nome dele?
    É um prazer enorme escrever aqui, sempre fico feliz com seus comentários meu amigo. Mande mais notícias! Aqui também está corrido, mas ainda consigo escrever sobre jogos mais estilão arcade... Quando eu tiver mais tempo vou me aprofundar nos jogos mais elaborados e RPGs. Grande abraço!

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