O mês de julho começou animado aqui no blog. Há alguns meses, jogando o Capcom Classics Collection do PlayStation 2, conheci um jogo de labirinto bastante interessante: Pirate Ship Higemaru. O jogo chama a atenção por várias características interessantes, e é claro que ele logo entrou para minha lista de títulos a analisar, e é precisamente o assunto da publicação de hoje.
Lançado no importante ano de 1984 para os fliperamas, Pirate Ship Higemaru é um jogo de ação com visão aérea baseado em labirintos, com um conceito já explorado em Pengo - analisado aqui esses dias, podendo ser visto como uma abordagem da Capcom à jogabilidade deste clássico. O tema ártico e gélido de Pengo, no entanto, foi substituído aqui por uma ambientação em navios piratas. Aqui controlamos um marinheiro chamado Momotaro, que precisa derrotar uma tripulação inteira de piratas. Para isto, a principal arma à disposição do herói solitário são os barris espalhados pelo cenário formando labirintos, assim como os blocos de gelo no jogo da Sega. O grande recurso do personagem é a habilidade de pegar objetos pelos cenários e jogá-los nas quatro direções principais, já que ele não tem ataques próprios.
Flyer do jogo na época... Infelizmente não achei imagens do gabinete... |
Qualquer pirata no caminho de um barril jogado por Momotaro é lançado para fora da tela, e a cada vez que um barril quebra no final da trajetória depois de ser jogado, o jogador acumula pontos, que são multiplicados com bônus quando acertam um ou mais inimigos. A cada 16 barris quebrados o jogador fica invencível por alguns segundos, bastando encostar nos inimigos para derrotá-los nesse ínterim. Os barris também podem conter itens que oferecem pontuações bônus para o jogador.
Cada segmento do navio é uma fase que tem um grupo de piratas a serem vencidos, finalizando quando o jogador conseguir acabar com todos eles. A cada fase, como esperado nesse tipo de jogo, a dificuldade aumenta e os inimigos ficam bem mais espertos e ágeis, gerando momentos de genuína tensão, da melhor forma possível. Isto aumenta em muito a diversão de Pirate Ship Higemaru. O jogo não tem um final específico, sendo o objetivo pura e simplesmente acumular pontos, como na maioria dos jogos da época. De toda forma, os barris vão sempre mudar de conformação, evitando que a mesma partida se repita na mesma sequência.
Os gráficos são cartunizados e seguem um padrão até superior e com mais detalhes que os outros dois jogos da Capcom que analisei aqui (Vulgus e SonSon). A movimentação é ágil e fluida, com controles perfeitamente responsivos, na medida para um jogo deste tipo, que é bastante exigente com a precisão do jogador. O ponto negativo fica por conta do áudio, que apesar de ter ótimos efeitos sonoros, tem uma música-tema que enjoa muito rápida e logo fica irritante. Assim como ocorreu em Vulgus, no entanto, o jogo foi tão divertido que deu para suportar a musiquinha em loop. Fora isto é um ótimo jogo. Conheci este título por meio da incrível coletânea Capcom Classics Collection do PlayStation 2 e joguei muito com minha esposa. Nós tivemos momentos excelentes com Pirate Ship Higemaru, sendo um jogo bastante intenso em fases avançadas e absurdamente divertido. Portanto, extremamente recomendável, principalmente para jogar ouvindo seus álbuns favoritos.
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