quinta-feira, 6 de julho de 2017

Análise 65: Pirate Ship Higemaru [Arcade]

O mês de julho começou animado aqui no blog. Há alguns meses, jogando o Capcom Classics Collection do PlayStation 2, conheci um jogo de labirinto bastante interessante: Pirate Ship Higemaru. O jogo chama a atenção por várias características interessantes, e é claro que ele logo entrou para minha lista de títulos a analisar, e é precisamente o assunto da publicação de hoje.

Lançado no importante ano de 1984 para os fliperamas, Pirate Ship Higemaru é um jogo de ação com visão aérea baseado em labirintos, com um conceito já explorado em Pengo - analisado aqui esses dias, podendo ser visto como uma abordagem da Capcom à jogabilidade deste clássico. O tema ártico e gélido de Pengo, no entanto, foi substituído aqui por uma ambientação em navios piratas. Aqui controlamos um marinheiro chamado Momotaro, que precisa derrotar uma tripulação inteira de piratas. Para isto, a principal arma à disposição do herói solitário são os barris espalhados pelo cenário formando labirintos, assim como os blocos de gelo no jogo da Sega. O grande recurso do personagem é a habilidade de pegar objetos pelos cenários e jogá-los nas quatro direções principais, já que ele não tem ataques próprios.

Flyer do jogo na época... Infelizmente não achei imagens do gabinete...

Qualquer pirata no caminho de um barril jogado por Momotaro é lançado para fora da tela, e a cada vez que um barril quebra no final da trajetória depois de ser jogado, o jogador acumula pontos, que são multiplicados com bônus quando acertam um ou mais inimigos. A cada 16 barris quebrados o jogador fica invencível por alguns segundos, bastando encostar nos inimigos para derrotá-los nesse ínterim. Os barris também podem conter itens que oferecem pontuações bônus para o jogador.


Cada segmento do navio é uma fase que tem um grupo de piratas a serem vencidos, finalizando quando o jogador conseguir acabar com todos eles. A cada fase, como esperado nesse tipo de jogo, a dificuldade aumenta e os inimigos ficam bem mais espertos e ágeis, gerando momentos de genuína tensão, da melhor forma possível. Isto aumenta em muito a diversão de Pirate Ship Higemaru. O jogo não tem um final específico, sendo o objetivo pura e simplesmente acumular pontos, como na maioria dos jogos da época. De toda forma, os barris vão sempre mudar de conformação, evitando que a mesma partida se repita na mesma sequência.



Os gráficos são cartunizados e seguem um padrão até superior e com mais detalhes que os outros dois jogos da Capcom que analisei aqui (Vulgus e SonSon). A movimentação é ágil e fluida, com controles perfeitamente responsivos, na medida para um jogo deste tipo, que é bastante exigente com a precisão do jogador. O ponto negativo fica por conta do áudio, que apesar de ter ótimos efeitos sonoros, tem uma música-tema que enjoa muito rápida e logo fica irritante. Assim como ocorreu em Vulgus, no entanto, o jogo foi tão divertido que deu para suportar a musiquinha em loop. Fora isto é um ótimo jogo. Conheci este título por meio da incrível coletânea Capcom Classics Collection do PlayStation 2 e joguei muito com minha esposa. Nós tivemos momentos excelentes com Pirate Ship Higemaru, sendo um jogo bastante intenso em fases avançadas e absurdamente divertido. Portanto, extremamente recomendável, principalmente para jogar ouvindo seus álbuns favoritos.



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