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Capa da versão americana |
O que me incomoda em ter um blog de jogos antigos são os períodos de ausência prolongada devido compromissos da vida pessoal e profissional. Início da vida de casado junto à rotina de médico recém formado têm me deixado um pouco mais contido com relação às jogatinas, e mais contido ainda em relação ao blog. Mas é exatamente para ter mais tempo livre que devemos trabalhar bastante, pois como disse um grande amigo um dia "se queres paz, prepara-te para a guerra". Pois cá estou de volta aos escritos, em busca de lapidar material antigo que já escrevi porém ainda não publiquei. Hoje vou falar sobre minha experiência com Donkey Kong 3 para NES. Estive preparando uma análise do grande Alex Kidd in Miracle World, porém como escrevi sobre Donkey Kong e Donkey Kong Jr, achei que seria bacana fechar a trilogia escrevendo sobre este título de hoje.
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A terceira parte apresenta uma radical mudança em relação aos anteriores |
Donkey Kong 3 foi lançado pela primeira vez em outubro de 1983 para fliperamas e Famicom no Japão, sendo lançado na América do Norte para o NES apenas em 1986. É esta a versão que joguei. Mais uma vez Donkey Kong é o vilão, e a história, mais uma vez, basicamente inexistente: o gorilão invadiu a estufa do personagem Stanley (que não sei se é um dedetizador ou um agricultor) e está ameaçando suas plantações. O objetivo é afugentar o vilão, protegendo a colheita. Logo de cara, o jogo chama atenção por mudanças radicais em relação aos outros dois da série. Trata-se de um jogo de tiro/shoot'em up, no qual controlamos um Stanley armado com um pulverizador, devendo atirar no Donkey Kong e em insetos comandados por ele. Um tanto estranho, mas nessa época realmente a história só servia mesmo para dar um motivo aos eventos do jogo.
O objetivo é impedir que Donkey Kong alcance as plantações, além de evitar que os insetos mandados por ele levem as plantas embora. Para isto, o jogador precisa usar o pulverizador para atacar o macacão e os insetos. A arma sempre dispara para cima, usando o botão A ou B, ao apertar para cima o personagem pula e apertando para baixo, ele desce um degrau. Ele também pode ser movimentado para os lados, e os controles são excelentes e intuitivos. Em alguns segundos, controlar o Stanley vira segunda natureza, de tão boa que é a jogabilidade. Atirar no DK faz com que ele seja afastado para cima, e ao fazê-lo alcançar a colmeia no alto da tela, vencemos o nível. Se ele chegar aos níveis mais baixos, perdemos uma vida. É preciso bastante agilidade e pensamento rápido para cuidar tanto do gorilão quanto dos insetos, diferente do passo cadenciado dos jogos anteriores.
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Por vezes o ritmo do jogo fica frenético |
O visual é bastante básico, em minha opinião inferior ao Donkey Kong Jr. Os sons são básicos e não comprometem, mas estão também longe de serem marcantes, como por exemplo no Super Mario Bros., que analisei aqui há um bom tempo. É um jogo divertido, porém curto, e o incentivo para jogar novamente é melhorar a pontuação. Apesar de ser um jogo cativante, não chega a ser o clássico que foi Donkey Kong Jr, e em minha opinião é o jogo menos marcante do Donkey Kong no NES. Porém, mesmo sendo bastante diferente e menos divertido que os anteriores, trata-se de um bom jogo estilo fliperama. Muitos criticam este título, porém acredito que mesmo não sendo uma obra prima como outros jogos da Nintendo, trata-se de um jogo divertido e que vale a pena ser jogado.
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