quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Análise 33 - Millipede [Arcade]




Depois de apanhar um pouco (só um pouquinho...) tentando jogar Centipede e curioso para ver a evolução da sequência, fui jogar Millipede na excelente Atari Anthology do PS2. Aliás, esta coletânea é absurdamente divertida. Depois de um dia de trabalho longo e puxado minha esposa e eu ficamos jogando Millipede, Red Baron e Super Breakout. Há algo de mágico em jogar títulos do início de década de 1980 em pleno 2016. Talvez a curiosidade junto ao senso de novidade que algo que poderia estar em um museu de jogos proporciona seja um catalisador para os já divertidíssimos jogos de antigamente. Como se voltássemos no tempo a um período mais simples, sem tanto existencialismo e sem tanta (anti) cultura de massa e sem tanto azedume inundando nossas mentes em meio a este mundo caótico, enfim.

Se ainda não conhece, faça um favor a si mesmo e procure
ouvir Stevie Ray Vaughan, nem que seja pelo YouTube.
Você não vai se arrepender!
Um momento de paz em tempos conturbados com informações constantes junto a frustrações e cisões de opinião com o Whatsapp a nos atormentar dia e noite... Um momento de desligar. No momento em que escrevo esta reflexão estou ouvindo a uma coletânea de Stevie Ray Vaughan, fundamental guitarrista dos anos 1980 no blues, o qual incrivelmente eu só conhecia por nome até o momento em que escrevo estas linhas. Ouvir sua música me animou instantaneamente e estou animado até para voltar a estudar guitarra. Talvez venha daí minha inspiração para tanto refletir, e daí minha calma para escrever um pouco mais e não ir direto ao ponto. Eu confesso que escrever aqui me dá um prazer enorme. Talvez em 2017 eu venha a escrever um pouco mais sobre outros assuntos de igual interesse. Mas voltando ao título deste texto: Millipede é menos lembrado que Centipede, mas é tão bom quanto?






 
Millipede foi lançado em 1982 pela Atari, sendo uma sequência direta do original e clássico Centipede. Logo ao iniciar percebemos que o estilo do jogo continua mais ou menos a mesma coisa que Centipede. Porém, segundo o título,  é um Millipede (conhecido também como piolho de cobra) que ataca o jogador. Não vou descrever novamente todo o sistema de jogo, pois salvo algumas diferenças sutis, é o mesmo jogo, porém com algumas melhorias. Mas primeiro falarei de algumas falhas. Os sons em minha opinião são inferiores ao original de 1980. Os sons de explosões não são convincentes como o anterior e é como se o jogo fosse um pouco mais primitivo. O visual mais claro do jogo aparenta também ser mais feio que o original.











Nada mais é que um Centipede melhorado...
Ou seja, jogaço!
Esta primeira impressão é eliminada ao jogar de fato: os controles estão melhorados e os visuais mais claros permitem um melhor tempo de reação e a jogatina ficou ainda mais dinâmica. Minha impressão sobre este jogo é extremamente simples: é como se eu jogasse Centipede, porém mais divertido. Não entendo mesmo por que este jogo é pouco lembrado. Parece que Centipede ficou com toda a popularidade,  deixando Millipede injustamente esquecido pelo grande público. Porém se lembrarmos criticamente de toda a história, o grande público nunca foi lá tão confiável, não? Millipede é uma joia perdida do início da décade de 1980 e um shooter super competente e divertido.










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