quinta-feira, 28 de abril de 2016

Análise 04 - Pac-man [Arcade]

O futuro!
O ano de 1980 marcou uma transição intensa da cultura pop para quilo que eu chamo de "década do futuro". Do ponto de vista de entretenimento, os anos 80 sempre serão aquela década futurista, na qual a ficção e o imaginário da humanidade apontavam para um 2015 com carros voadores e tecnologias que ainda hoje em 2016 não foram alcançadas.




De toda forma, o futuriata ano de 1980 foi marcante por muitos grandes motivos, dentre eles o lançamento do arcade de Defender, a estreia de O Império Contra-ataca, o disco de estreia do Iron Maiden, Ace of Spades do Motörhead... E infelizmente também marcado de forma horrorosa pela morte de John Lennon. Um ano com altos e baixos, de fato. Um destes altos foi Pac-man.


A criação do personagem resumida em uma imagem.
Lançada para os fliperamas em 1980, a criação de Tōru Iwatani, capitaneada pela Namco, ajudou a moldar toda a indústria de jogos eletrônicos em sua primeira fase. Neste post não vou me aprofundar na história e no impacto sobre a cultura pop que o jogo trouxe. A simples publicação dessa postagem será meu testemunho em relação a este legado, simplesmente porque, tendo nascido em 1990 (aqui os leitores podem perceber a importância que atribuo ao ano de meu nascimento nestas matérias do blog) , nunca havia jogado o fliperama do pac-man, porém incrivelmente eu sempre soube qual a premissa deste clássico.


Uma das variações de gabinete do Pac-man
Não faltavam variações do gabinete deste fliperama.

Até a confecção deste texto, eu nunca havia jogado Pac-man. E mesmo assim sempre soube das mecânicas desse jogo, e entendo que todo mundo com o mais remoto interesse por videogames, também tem no mínimo uma noção básica do que é Pac-man. E isto é um testamento do legado permanente que este jogo causou em toda uma indústria, ultrapassando a barreira da mídia de jogos eletrônicos, abraçando a cultura pop e tornando-se universalmente conhecido. 

O pac-man é nada mais que uma cabeça amarela que sai comendo pastilhas no meio de labirintos, e mesmo assim é um personagem que cativou a imaginação de milhões de pessoas mundo afora. Em minha opinião, assim como Alex Kidd, Sonic, Mario, e outros ícones, Pac-man representa o que são jogos de videogame.  Diversão simples, cativante. Em vários labirintos, é preciso escapar ou vencer os fantasmas, além de devorar todas as pastilhas da tela. A cada fase o desafio aumenta, e embora a jogabilidade seja muito simples (usa-se apenas o direcional para movimentação), é um jogo muito difícil de largar ao começar. É extremamente divertido, fácil de jogar, mas difícil de dominar. E isto vou tomar como grande ponto positivo para este jogo.


Os personagens e o sistema de pontuação
A complexidade do jogo não pára por aqui.  Os fantasmas que perseguem o Pac-man apresentam programações distintas de comportamento, portanto além de reflexos, o jogo requer que o jogador conheça suas nuances. Em um período sem a Internet difundida em massa com o facilitismo de informações que temos hoje, era necessário jogar e experimentar as mecânicas por tentativa e erro. Isso dava um ar de mistério muito legal aos jogos e levava os jogadores a realmente se dedicarem a aprender suas nuances, com aquele saudoso school yard gossip, como dizem os americanos. Ou simplesmente, aquelas conversas de recreio nas quais trocávamos dicas e macetes, e até perpetuávamos lendas urbanas dos jogos, algumas das quais acabavam sendo falsas. E ninguém sabia de onde começava. Bons tempos! Isto está tão em falta hoje que quase caí para trás quando meu primo de 9 anos entregou o final do Red Dead Redemption de PS3 sem ter jogado, graças aos YouTubers... Nem preciso dizer que ele levou um fatality por isso... :D

Pac-man teve uma miríade de jogos dos mais variados gêneros, com alguns bons momentos e outros realmente esquecíveis, porém o legado do personagem é permanente. Basta lembrarmos do impacto que teve a notícia em que Pac-man seria um personagem controlável (e apelão) nas versões de 3DS e WiiU de Super Smash Bros. Qualquer hora é uma boa hora para jogar Pac-man, e o jogo não envelhece. Um visual atemporalmente nostálgico, mecânica perfeita e diversão desenfreada unem-se para garantir que Pac-man seja uma experiência sensacional independentemente de sua idade. Em síntese, é um dos grandes símbolos dos jogos eletrônicos, de fato.












2 comentários:

  1. Pensando agora, realmente, que ano cheio de acontecimentos, abrindo aliás uma década não menos cheia de feitos impressionantes - anos 80-90 são meus preferidos no caso dos vídeo-games aliás!
    Das sequências de Pac Man joguei bastante um de PSX, era interessante, bem puzzle, na época achei que foi uma boa maneira de "atualizar" a franquia.
    Joguei muito Pac Man pra DOS antes do boom dos emuladores - infelizmente não tenho idade o bastante pra ter pegado o jogo nos flipers... Mas você disse tudo, um daqueles jogos que definem "vídeo-game". A produção dos posts aqui parece ter engatado uma segunda hein! Fico sempre muito feliz com o conteúdo, meu grande amigo!

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  2. Pois é, foi um ano no mínimo emblemático. E abriu a década do futuro! A definição de videogame tem sido um assunto de interesse recente, e tenho tido alguns bons momentos de inspiração. Com isso, creio que o blog toma uma identidade, e a produção de material escrito tende a aumentar. Estou interessado em iniciar uma espécie de processo de cura e conservação destas duas épocas, e começando por uma década que não vivi, tem tido algumas implicações bem interessantes na produção dos textos. Espero conseguir manter a pegada! Inclusive, para confeccionar os posts, uma parte fundamental é jogar estes títulos, além de ler sobre eles. Então além de aprender muito, tenho me divertido muito com isto! Creio que 2016 ficará marcado para mim como um ano de revelações. Estou feliz por poder escrever aqui meu grande amigo!

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