sexta-feira, 26 de maio de 2017

Análise 61: Gradius [Arcade]



Desde que decidi analisar jogos antigos aqui no blog, Gradius é um dos títulos que estou planejando analisar. Como eu resolvi falar primeiro dos jogos mais antigos, sempre fui adiando a análise deste aqui. Eu sempre pensava: como eu poderia falar de Gradius sem analisar Space Invaders primeiro? Seria isto possível sem que antes eu analisasse Scramble, Galaga, Xevious, entre outros? Com certeza sim, mas existe uma satisfação em fazer as coisas na ordem que eu não sei explicar. TOC talvez? Talvez... Ou talvez seja apenas um capricho a mais, a alegria em navegar pelos clássicos e tecer opiniões com críticas e elogios. O prazer em curar informações sobre esses jogos, que apesar de amplamente badalados e falados, aqui posso fazer do meu jeito e como eu quero. Desde abril de 2016, quando escrevi a análise sobre Defender, a cada postagem eu vinha pensando "na próxima vou abordar Gradius", mas toda vez que eu publicava uma análise, surgia algum jogo que eu ainda não havia conhecido. Mas hoje eu decidi que é o momento de falar sobre Gradius, enfim. 


A belíssima arte japonesa do jogo.

Gradius é um jogo de tiro com naves em uma visão lateral a exemplo de Scramble, e assim como ele, aproveita do side scrolling lateral para ditar o ritmo da progressão, sendo um dos jogos mais importantes a popularizar o efeito. Dirigido por Hiroyasu Machiguchi foi lançado pela Konami para fliperamas em 1985, sendo eventualmente lançado para NES e vários outros consoles em suas sequências. No controle da nave Vic Viper é preciso atirar em ondas de inimigos, inicialmente não muito difíceis, mas com aumento rápido da dificuldade. Há uma ênfase em melhorias dos tiros, os chamados power-ups, que embora sejam absurdamente comuns hoje em dia, na época eram uma novidade. Isso permitiu que o jogo aumentasse os desafios, gerando situações frenéticas como não se viam em jogos da época. Me parece que foi aqui que começaram várias ideias que formariam o estilo bullet hell anos depois.  










Gradius deixou sua marca na história de Konami e dos Videogames, e é até hoje muito lembrado. Aqui, uma carta do jogo Yu-Gi-Oh! homenageando este clássico. Mas deixo aqui registrada minha crítica de que essa carta deveria ter uns 3000 de ataque, e não apenas 1200...

Outro ponto de destaque em Gradius são os chefes de fase: estruturas complexas para a época com um ponto fraco, normalmente um núcleo. Foi daqui que se popularizou a frase "Destroy the Core!", influenciando permanentemente a estrutura dos jogos de ação até os dias de hoje. Então, Gradius é um excelente jogo que influenciou praticamente uma geração inteira e originou uma franquia inteira de shooters aclamados mundo afora... Mas este primeiro título é divertido de se jogar? 




Gradius é desafiante: os inimigos não dão trégua e atiram de todos os lados, obrigando o jogador a manobrar a nave constantemente. Não é apenas sobre acertar muitos alvos, mas sim sobre sobreviver aos ataques e seguir em frente. Para isso é preciso dedicação para aprender os padrões dos inimigos e memorizar as fases, o que aumenta a vida útil do jogo. Os power-ups são um dos pontos altos do jogo, assim como o sistema de pontuações, que após o game over, pede que o jogador informe seu gênero, signo e nome para entrar no ranking. 





O tiroteio desenfreado a absurdo só pode ser sobrevivido com os power-ups


Os gráficos são detalhados e até parecem um jogo de mega drive em alguns momentos, mostrando um visual avançado para 1985. Os sons dão o tom épico que faz de Gradius um clássico, e a música é simplesmente sensacional e memorável. Os controles também funcionam maravilhosamente bem. Gradius é puxado e difícil mas não é frustrante. Requer dedicação, mas a satisfação de vencer as etapas é recompensadora, valendo a pena todos a experiência. Respondendo à pergunta principal na análise, sim, Gradius é excelente e merece todo o status de clássico que recebe até hoje.


 

domingo, 21 de maio de 2017

Jornada Atari 2600 Edição 22: O Atari Cada Vez Melhor

Essa semana tive a excelente notícia do retorno do Gagá Games. Sim, o retorno de um dos melhores sites de retro gaming! Minhas singelas boas vindas e parabéns pelo retorno do Gagá. Eventos legais assim até inspiram a gente a escrever mais... Seguindo com a jornada Atari 2600, hoje vamos ver sobre mais jogos de 1983 que joguei para o velho Atari. 

Essa edição começou muito bem com Q*bert, que é uma ótima versão do arcade, divertido e viciante. Publiquei uma análise sobre ele ano passado aqui no blog. Sendo uma boa versão, Q*bert é exatamente o que esperamos: um jogo fácil de começar, divertido, ágil e difícil de largar. Dentro das limitações do 2600, ficou tudo muito bem feito e fiel ao original dos fliperamas. Depois, me forcei e largar o jogo e partir para Quest for Quintana Roo. Aqui é preciso explorar uma pirâmide em busca de itens e segredos, alternando visão lateral e aérea-lateral. O jogo tenta fazer coisas inovadoras para a época e o visual é até que bem detalhado para o Atari, e os controles respondem bem. O problema é que a falta de texto inerente ao 2600 junto à obrigatoriedade do manual tiram a espontaneidade do jogo, ficando tedioso ao extremo. Portanto, não recomendo. Sem dificuldades deixei este aqui de lado e comecei a jogar Quick Step. Lembra vagamente Q*bert e Frostbite, mas é um jogo competitivo entre um esquilo e um canguru (???). Dependendo do ritmo em que pisamos nos blocos e mudamos suas cores, é possível prender o oponente na tela e conforme os blocos caem, é possível eliminá-lo da tela. É um jogo surpreendentemente bom, com um jeitão puzzle meio arcade, que funciona bem para dois jogadores. Valeu a pena conhecer este aqui... Raft Rider é um jogo a princípio desinteressante pela temática: nele controlamos uma canoa por um rio, devendo desviar de um obstáculo, sempre atrás de um cachorro na margem. Mas, depois de dar um tempo ao jogo, tive alguns momentos divertidos, pois controlar a jangada é desafiante e desviar das pedras com precisão cirúrgica dá uma sensação bem satisfatória. Gostei!



Ram It é um jogo de tiro no qual é preciso atirar em barras (que mais parecem ser de gráficos com barras em planilhas) antes que elas ocupem toda a tela. O jogo em movimento é interessante, mas as barras avançam rápido demais, com uma dificuldade desleal, tirando a diversão que poderia ter aqui. Uma pena. Mais uma surpresa da edição, Robin Hood é um jogo de tiro no qual controlamos o personagem livremente pela tela em visão aérea, mais ou menos como em Berzerk. O botão de ação lança as flechas, e os controles são ágeis e respondem muito bem. A cada inimigo abatido a pontuação sobe e a dificuldade aumenta progressivamente. Os gráficos são muito bem detalhados para a época, é um jogo muito bem feito mesmo. Minha única crítica é que o Robin Wood está mais para um índio norte-americano... Duvida? Veja as imagens do jogo e conclua... Enfim, foi mais uma surpresa, é um bom jogo. Robot Tank é da Activision e isso por si já aumenta a expectativa pelo jogo. Nele, temos um tiroteio em primeira pessoa lembrando muito o excelente Battlezone. Todas as qualidades deste outro jogo estão aqui, porém há mais detalhes, como a passagem de dia para noite, mudança de clima... Coisas que já vimos em Enduro, da mesma Activision. Controlando uma espécie de tanque-robô, este jogo passa a sensação de um ambiente tridimensional de forma muito competente. Gostei muito desse jogo. Save the Whales é um jogo a princípio com uma mensagem ativista pela infeliz e triste ameaça de extinção das baleias - em mais uma jogada de mestre desta humanidade "linda"... - no qual precisamos literalmente salvar baleias. Controlando um submarino, é preciso destruir redes e armadilhas que são lançadas contra os pobres cetáceos. O jogo é bem feitinho e tudo, mas as coisas são rápidas demais, deixando tudo muito difícil, deixando de divertir. Mas acredito que esse jogo tem valor por buscar passar uma mensagem de preservação ambiental - e isso é incrível considerando que a indústria dos videogames ainda estava em sua infância.


Seaquest é um espetáculo de jogo. Mais um petardo dos mestres da Activision, nele controlamos um submarino amarelo (sim, amarelo!), devendo salvar mergulhadores e atirar em torpedos e tubarões, além de se preocupar com o suprimento de oxigênio. Excelente visual, ótimos controles e dificuldade elevada fazem deste mais um clássico do Atari.


Como é de praxe nesta Jornada Atari 2600, bons momentos são seguidos por momentos sombrios. Para provar isto veio Shootin' Gallery, que é um jogo de tiro baseado naquelas atrações de feira com tiro ao alvo. Os gráficos são bonitos e o jogo é simpático, mas enjoa rápido. Shuttle Orbiter é um jogo sobre foguetes, mas sem nenhum sentido para mim... Não tive paciência para conhecer melhor, então se alguém o entender e tiver a gentileza de me explicar como se joga... Enfim, seguindo com a edição. Sir Lancelot segue o mesmo esquema de Joust, à risca, "igual que nem". Tem bons gráficos e funciona até que bem, mas os controles são muito mais sensíveis que Joust, dificultando a precisão dos movimentos. Divertido, mas quando a dificuldade aumenta, ele fica frustrante, deixando de divertir. Sky Skipper foi um momento intragável para mim. Nele você controla um aviãozinho devendo salvar umas criaturas estranhas... controles quebrados e um ritmo glacial tornam este um jogo tenebroso. Snail Against Squirrel é um jogo de plataforma sem saltos com tela fixa no qual um esquilo precisa evitar moluscos... sério mesmo. Segue o caminho do Sky Skipper, é ruim de doer. 



Com todo o "ânimo" que esses dois últimos jogos me deram, fui jogar Solar Fox com uma expectativa não muito boa, e para minha surpresa o jogo é fantástico. A princípio ele parece um jogo de tiro porque controlamos uma nave, mas não verdade ele é um jogo totalmente único. Imaginem Pac-man sem os labirintos mas precisando desviar de tiros a todo momento. É possível acelerar a nave, e a dificuldade aumenta progressivamente. Os controles são ótimos, formando um clássico da Bally Midway. O melhor dessa edição, empatado com Seaquest. Antes de terminar mais uma edição, não poderia faltar um clone de Space Invaders: Solar Storm é um shooter super difícil, por vezes estressante. Embora tenha suas características e seja bem mais rápido, ele ainda é para mim mais uma tentativa de copiar os invasores do espaço. Apesar dos já habituais jogos ruins, essa edição mostrou um maior nível de qualidade e diversão, apresentando-me alguns dos jogos que mais gostei no Atari 2600 até agora. O que é ótimo, porque isso me anima ainda mais a jogar o que vier a seguir em nossa Jornada.

Destaques: Q*bert, Robin Hood, Robot Tank, Seaquest, Solar Fox.
Piores momentos: Quest for Quintana Roo, Sky Skipper, Snail Against Squirrel.


terça-feira, 16 de maio de 2017

100 Idas ao Pub

Quando comecei este blog, não imaginava que chegaria a 100 postagens, nem de longe. Quando percebi que chegaria a tal número de publicações, imaginei que seria interessante relembrar um pouco de como foi essa trajetória. Lá em 2013 durante meu quarto ano de faculdade eu havia resolvido colocar em prática uma vontade antiga que eu tinha de escrever sobre jogos antigos e clássicos. Não sei ao certo desde quando eu tinha essa vontade, mas ela aumentou exponencialmente depois que minha esposa Bruna - na época minha namorada - me presenteou com o mega drive 3 que ela teve na infância, em excelente condição como é habitual com esses consoles antigos. Vejam, naquele momento eu estava indo para o meu sexto console contando portáteis, então eu podia chamar aquilo de coleção. Pequena, mas uma coleção de qualquer modo.

Tempos depois eu ganharia de presente de meus tios um ps2 velho que não funcionava mais após cair no chão. Levei ao conserto e logo meu sétimo console estava funcionante sem restrições. Em seguida meu grande amigo Eduardo juntamente com sua família me surpreendeu com o Nintendo 64 de sua infância em meu aniversário de 24 anos em 2014. Um tempo depois eu também recebi de presente um Super Nintendo de meu grande e notório amigo Cassio (do blog Junk Tech). E assim conforme minha coleção se fez gradativamente, mais aumentou minha vontade de escrever sobre jogos antigos. E quanto mais eu escrevi, mais eu quis escrever sobre isso. Inicialmente eu queria falar apenas sobre jogos antigos que eu já conhecia, abordando as gerações de 8 e 16 bits e inspirado pelas revistas Nintendo World que eu acompanhava antigamente, além de excelentes blogs e sites como o Gagá Games - do qual sou partidário confesso quanto ao aguardo de um ressurgimento triunfal do site.

A partir desses estímulos este blog começou, e conforme ele cresceu, acredito que tenha criado uma personalidade própria. Embora minha intenção Inicial, como comentei acima, tenha sido abordar as gerações de 8 e 16 bits, minhas jogatinas e minha curiosidade me levaram a outros planos - pelo menos até agora. Depois que publiquei a análise do jogo Defender para arcade, passei a ter um interesse crescente por jogos mais antigos, chegando aos primórdios do Atari 2600 e dos fliperamas. E foi assim que formalizei a ideia de publicar análises de jogos seguindo uma ordem relativamente cronológica. Não tenho um rigor com as datas de lançamento, apenas vou abordando os jogos principais de cada época, por isso desde então estou enfatizando os jogos da década de 1980 preferencialmente antes da geração NES e Master System - também conhecidos como a terceira geração de consoles de videogame. Eventualmente vou chegar à era 8 bits, e é precisamente esta a minha intenção: analisar os jogos em ordem de evolução dos títulos lançados englobando cada geração. Além disso estou jogando todos os jogos do Atari 2600 na coluna Jornada Atari 2600 que inaugurei por aqui este ano. Talvez eu venha a elaborar mais postagens assim, quem sabe...

Os videogames percorreram um longo caminho e seria uma tarefa ingrata querer analisar toda a história dos jogos. Então, por enquanto, vou dar atenção para os jogos da segunda e terceira geração de consoles, e vamos ver no que vai dar. Espero colocar em prática os muitos planos que ainda tenho para o blog, que é uma maravilhosa ferramenta para mim, pois sempre gostei muito de jornalismo e mídia impressa. Talvez por isso eu esteja muito satisfeito e feliz por poder escrever sobre um dos meus hobbies favoritos, e termino essas linhas agradecendo a quem quer que tenha lido até aqui. Agradeço a todos os meus amigos próximos pelo incentivo e sobretudo pela amizade, mas principalmente agradeço minha esposa Bruna por todo o amor e devoção diários que me acompanham desde que a conheci a primeira vez.


quarta-feira, 10 de maio de 2017

Análise 60: SonSon [Arcade]

Este mês de Maio tem sido, felizmente, corrido no trabalho. A cada dia que passa aumenta minha empolgação com as pequenas férias de uma semana que vamos tirar logo mais em junho. Apesar de meu tempo ser limitado, tenho jogado muita coisa de fliperamas além dos jogos de Atari 2600. Fazer isso tem sido revelador, além do fato de que esses jogos divertem instantaneamente, e ainda não consomem muito tempo... O que é valioso em minha rotina, pois posso me divertir apesar da rotina de trabalhos. Na ordem das análises dos clássicos de outrora, chegou o momento de falar sobre SonSon, lançado para os fliperamas em 1984 pela Capcom. Trata-se de um jogo de tiro com progressão lateral em side scrolling, mas sem nenhuma nave a se ver. Sim, senhoras e senhores, nele controlamos o personagem SonSon, que é uma espécie de garoto macaco  (quem lembrou do Son Goku?) que avança pelos cenários correndo e atirando em tudo pela frente.

Retirado do Arcade Museum


A história do jogo é, segundo a wikipedia, vagamente baseada no antigo romance chinês "Jornada para o Oeste", na qual o personagem principal busca uma estátua do Buda. No romance original, há uma busca pelos conhecimentos budistas nas regiões da Índia e Ásia Central por parte dos personagens em suas viagens. Assim, o enredo de  SonSon é uma espécie de paródia bem humorada deste épico. Os visuais remetem o clima oriental da história e os sons do jogo são cativantes: uma trilha sonora com clima do Oriente Medieval ao fundo dá o clima da ação desenfreada, que por sua vez é impiedosa.  Mas de uma forma absurdamente divertida.










Neste jogo a tela está sempre em rolagem horizontal da esquerda para a direita, sendo que é possível controlar a velocidade do avanço de SonSon, mesmo que ele sempre avance. A tela apresenta seis plataformas paralelas pelas quais navegamos o personagem apertando para cima ou para baixo para mudar de posição em uma tela constantemente em movimento e progressão lateral. A tela pára de se mover apenas quando deparamos com inimigos maiores- sim, chefes de fase parecem ser naturais aqui já em 1984, o que mostra como a Capcom sempre teve o olhar voltado para o futuro dos jogos. O botão de ação faz o personagem atirar fogo rápido em inimigos igualmente ou ainda mais rápidos. Assim, o jogo, que começa divertido e simples, logo fica impiedoso com o jogador, mas de uma forma estimulante e divertida. Além de um excelente shooter, ainda tem um modo multiplayer cooperativo para dois jogadores simultâneos.


SonSon é envolvente e divertido do início ao fim, com ótimos controles, sons e visuais. Os gráficos são à altura doa melhores jogos de NES, e para 1984 isto é  um  feito e tanto. A diversão é espontânea e instantânea, o jogo simplesmente cativa quem vier jogar. Sinceramente eu não entendo por quê esse jogo não ficou famoso como outros jogos de tiro da época. SonSon é um jogaço!

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Jornada Atari 2600 Edição 21: Momentos Difíceis no Atari

Quando eu comecei a Jornada Atari 2600 tinha apenas uma vaga ideia do que eu tinha pela frente. Eu sabia que jogaria vários clássicos, mas teriam jogos esquecíveis em uma maior proporção. Sabia também que haveriam surpresas positivas em jogos inesperados. O que eu não esperava era uma edição como esta que agora publico nessas linhas. O nível dos jogos caiu, mas caiu com vontade. Vamos ver nos próximos parágrafos o que mais aconteceu no ano de 1983 no Atari 2600.

Começamos por Motocross: é um jogo de corrida do naipe de Enduro, com motocross, mas sem o fator diversão, ficando repetitivo rápido demais. E até que o jogo é bonito... uma pena que é absurdamente lento e sem diversão. Depois veio Mr. Do!, que é mais um jogo de plataforma em tela fixa, mas que não funciona. Jogo completamente quebrado e sem possibilidade de passar de fase, pelo menos para mim. Mr. Postman segue o esquema do Mr. Do! mas pelo menos funciona um pouco. Um pouco só, ressalte-se. Daí quando eu achava que estava ruim, veio The Music Machine, que segue o esquema de Kaboom da Activision, no qual não podemos deixar as coisas caírem no chão. A temática é totalmente infantil e acho que seja desinteressante até para as crianças na época de seu lançamento.



O jogo Nightmare parece mesmo com um pesadelo. Nele controlamos um carinha em um cenário escuro com uma cobra no chão e várias aves no céu, com a missão de impedir que ele suba cordas para escapar em um helicóptero. A ideia em funcionamento é interessante, os controles funcionam bem, mas o jogo fica cansativo rapidamente. No Escape! lembra muito Breakout, mas com diferenças bem marcadas. Nele você precisa desviar de projéteis lançados pelos inimigos e acertá-los derrubando destroços na cabeça deles. Você faz isto atirando no teto, de forma bem simples. A dificuldade sobe rapidamente, o jogo diverte, mas minha grande reclamação dele é que é muito difícil enxergar os tiros na tela. Nuts é um jogo de tiro absurdamente sem graça... Não deu mesmo. E quando estava tudo em uma nota triste, cheguei a Oink!, que  é o tipo de jogo que nunca esperei jogar. É basicamente a história dos três porquinhos na qual temos de colocar blocos nas paredes que o lobo derruba ao soprar. Mesmo sendo um jogo bem feito, como quase tudo que a Activision fazia nessa época, enjoa rapidamente. Mas foi muito legal ver o conto infantil em formato de videogame.


Open Sesame é igualzinho o jogo I Want My Mommy, o qual já citei na edição anterior desta Jornada Atari. Out of Control a princípio me pareceu um jogo de tiro, com uma nave idêntica à de Asteroids. Mas nele você deve desviar de obstáculos e a nave é totalmente fora de controle, como entrega o título.  Não é muito divertido não... Phantom Tank me lembrou muito o jogo Combat, jogo de tanques que foi lançado bem no início da vida útil do Atari 2600. E até comecei me divertindo, mas alguns detalhes foram tirando a graça dele. Os tanques inimigos piscam o tempo todo de forma irritante, tendo aquele risco de mau epiléptico que vários jogos do 2600 apresentam. Mas o pior mesmo foi quando um dos meus tiros atravessou um dos tanques sem acertá-lo e depois na próxima rodada um outro tanque apareceu bem na minha cara depois que derrubei o anterior, sem nenhum tempo de reação para mim. Nada divertido, senhoras e senhores. Picnic é um jogo que eu ainda não consegui classificar. É estranho, muito estranho...


Em Piece o' Cake controlamos um cozinheiro que deve montar bolos em uma linha de produção. Jogo lento e sem nenhuma graça. Planet Patrol é um jogo de tiro com naves em progressão horizontal, lembrando um pouco o famoso Scramble, só que a progressão é da direita para a esquerda. É bem estranho para mim essa inversão de controle, mas o jogo é bem feito e até diverte. Depois de uma breve melhoria do nível dos jogos, começou mais uma sessão de bizarrices... Jogando Plaque Attack você controla uma espécie de seringa que precisa destruir placas dentro de uma boca, impedindo que consumam os dentes. Bizarro e difícil a níveis frustrantes, esse é um jogo da Activision que não é muito lembrado, e não é difícil perceber o porquê. Depois, para "manter o nível", passei para Pooyan, que é um shooter fixo totalmente bugado e não recomendável. 


Popeye é praticamente "injogável", em minha opinião uma ofensa ao desenho clássico. Porky's segue a linha de Popeye, sendo igualmente ruim. Private Eye é outra atrocidade... E com estes últimos comentários, vou terminando mais uma edição da jornada Atari 2600. Nesta edição o melhor jogo foi Oink!, disparado... Isso diz tudo sobre os jogos que joguei nesta remessa do catálogo de 1983. Que venham melhores momentos nas próximas edições!

Destaque: Oink!
Piores momentos: Mr. Do!, Mr. Postman, Music Machine, Nuts, Popeye, Porky's


sábado, 6 de maio de 2017

Análise 59: Vulgus [Arcade]

Pela primeira vez neste blog vou discorrer sobre um jogo da Capcom, que joguei por meio da Capcom Classics Collection Vol. 1 do PS2 - mais uma maravilhosa coletânea de minha coleção de jogos. Vulgus vem do latim e significa "povo". Sinceramente não faço ideia da relação entre tal etimologia e o jogo propriamente dito, mas fato é que Vulgus é o primeiro jogo de arcade lançado pela Capcom em 1984 no Japão, e lançado pela SNK nos Estados Unidos no mesmo ano. Trata-se de um jogo de tiro com naves em progressão vertical no estilão de Galaga e Xevious, mas com uma maior velocidade e ainda mais coisas acontecendo na tela.

Retirado do site Arcade Museum

O jogo tem como único objetivo atirar nos inimigos pela tela, que progride sem mudança de fases, mas com mudanças de terrenos. O modo de jogo é bastante semelhante a Xevious que analisei aqui no blog recentemente: a nave tem uma munição ilimitada de tiros comuns e algumas bombas de uso limitado. Ao colher o ícone de nome pow os suprimentos da nave são recuperados. Os cenários variam entre o espaço e a superfície de um planeta, fazendo um ótimo trabalho em apresentar uma escala épica ao jogo - afinal você pilota a nave para além da órbita planetária. Isso gera uma boa variação da jogatina, deixando as coisas mais dinâmicas. Apesar de os inimigos não variarem muito, os visuais são até um pouco mais detalhados que em Xevious por exemplo, portanto trata-se de um jogo com ótimos gráficos para sua época. Tudo flui muito bem e Vulgus se destaca entre seus contemporâneos, mostrando um polimento que seria típico da Capcom futuramente. Mas o jogo é divertido?


Apesar de muito bonito (mesmo que com inimigos monotonamente repetitivos) a trilha sonora de Vulgus é cronicamente ruim. A mesma musiquinha tensa se repete indefinidamente e ao invés de animar o jogador ela é um desmotivador para zerar o jogo. Em uma tendência contrária, os controles são excelentes: precisos e redondos, que aliados a uma intensa dificuldade tornam o jogo deveras desafiador. O jogador dispõe de tiros comuns e canhões limitados, que quando acertam uma fileira inteira de inimigos, proporcionam uma pontuação extra, gerando muita satisfação ao acertar o tiro sequencial - que não é uma tarefa das mais fáceis. O tempo todo o jogo tenta explodir sua nave, exigindo uma certa dedicação do jogador para aprender os padrões das naves inimigas, que são bastante variáveis a ágeis.

Sair da superfície do planeta para o espaço
cria uma sensação de escala épica muito interessante.

Vulgus, apesar de alguns defeitos, tem a
marca do polimento típico da Capcom.
Vulgus é um jogo sólido e muito bem feito, como comentei lá em cima, tem um polimento típico dos jogos da Capcom. Infelizmente a música é horrorosa e os inimigos são repetitivos. Mas acontece que Vulgus faz tão bem aquilo que propõe, que as falhas não impedem de ser um jogo divertido. Se você tiver o mais remoto interesse por jogos de shoot'em up, Vulgus vai te divertir. Apenas não éum clássico inesquecível por suas falhas. De toda forma é um jogo bem feito e divertido, valendo também por sua importância histórica em ser o primeiro Arcade da Capcom.






Jornada Atari 2600 Edição 20: A Busca por um Lugar ao Atari em 1983

Continuando com a caminhada épica da Jornada 2600, ainda vamos falar sobre jogos lançados no ano de 1983 para o Velho Atari. Em meio a muitos clones e variações, é óbvio que tem muita coisa que merece ser lembrada e jogada neste console. Porém, devido ao grande volume de jogos entre 1982 e 83, é de se esperar que muitos títulos sejam cópias de outros mais famosos ou menos conhecidos... Portanto, os jogos que forem "clones" - como ocorre muito com Space Invaders, Pac-man e Defender - vou buscar ser um pouco mais sucinto para evitar que a postagem fique enjoativa ou cansativa. Vamos então conhecer mais jogos de 83...

Começamos nesta edição com Great Escape, que resumidamente é um jogo de nave sem graça de dar dó.Vamos então a algo mais interessante... Halloween é um jogo de aventura bem ambicioso para o Atari. Nele controlamos uma moça que precisa fugir de um assassino com a faca e salvar umas crianças no processo. O jogo é surpreendente por conseguir provocar sustos. Sim senhoras e senhores, uma experiência de terror no Atari 2600. E as mortes são bem violentas, com direito a decapitação e sangue jorrando. É ver para crer. Tem partes do cenário em que as luzes ficam piscando loucamente, para atiçar ainda mais o medo. O jogo fica repetitivo rapidamente, mas tem um impacto muito interessante se comparado aos outros jogos da mesma época. Jogue e se surpreenda. Infelizmente, porém o jogo é raso, mas isso não o impede de impressionar. Harbor Escape é mais um clone, dessa vez de River Raid. Aqui acertaram em cheio. Tem tudo o que faz o original divertido e clássico. Só mudou a temática. Aqui controlamos uma lancha que precisa escapar de um porto- como entrega o título. É meio descarada a cópia, mas ficou muito bem feita, portanto, é divertido. Depois desses bons momentos, chegamos a um nome um tanto estranho: I Want My Mommy é um jogo de plataforma mais ou menos no estilo de Lode Runner no qual o personagem deve fugir de inimigos. Além disso é preciso fazer ligações entre cada plataforma usando diapositivos/pontos de controle no chão e assim chegar ao topo. Porém passamos de fase só ao juntar todos os pontos de acesso. É um joguinho simpático e capaz de divertir, superou minhas expectativas causadas pelo título bobo.



Seguindo com esta safra de 1983, James Bond 007 é um clone de Moon Patrol mas que funciona. Nele, o agente de Sua Majestade controla um veículo de combate capaz de saltar e atirar. É um jogo desafiante e com bons gráficos e bom controle, apenas peca por ser (muito) repetitivo. Keystone Kapers é aquele famoso jogo de polícia e ladrão com gosto de infância - sim, eu nasci em 1990 e não joguei Keystone Kapers na infância, mas eu brinquei muito de polícia e ladrão na rua da casa de minha vó, então esse jogo tem um gosto todo especial para mim. Publiquei uma análise sobre ele aqui no blog ano passado, vejam a postagem para maiores detalhes. Depois destes bons momentos, cheguei a Kool-Aid Man, que é um jogo psicodélico no qual controlamos uma jarra arredondada, daquelas de cafeteira. É meio difícil entender o que está acontecendo, tirando assim qualquer possibilidade de diversão do jogo. Não recomendado... London Blitz é um jogo em primeira pessoa no qual navegamos por um labirinto em que tudo é rigorosamente igual, sem nenhuma variação e sem ação. Assim, London Blitz tem a honra de ser um dos jogos mais parados e sem graça nessa jornada.


Marine Wars é um shooter da Konami que lembra um pouco Space Invaders (sem se encaixar na categoria de clone) mas com navios de guerra. Muito interessante, bem feito e com bons gráficos. Recomendo. Depois, uma sequência de jogos fracos nesse período... Master Builder é um jogo peculiar no qual controlamos um pedreiro  (!!!) Que precisa construir um prédio sozinho (!!!!!!!)... É um jogo meio bugado e desinteressante, mas ganha pontos pela originalidade. Miner 2049er é um jogo de plataforma até interessante, mas eu não sei o que fazer depois de pegar todos os itens da fase e matar os inimigos... então este aqui não deu mesmo. O momento de suplício digital continuou com Mines of Minos que é um jogo de labirinto nada interessante. 


Missile Control é meio cópia de Missile Command mas muito mais punitivo, nem dá tempo de se divertir com ele e já dá game over. Mission 3000 A.D. é um shooter multidirecional estilo Bosconian e Sinistar. Muito bem feito e divertido, mas a falta de um objetivo maior faz com que seja repetitivo e enjoe rápido, diferente dos outros dois jogos que citei comparando. Mogul Maniac é sobre ski na neve com uma visão em primeira pessoa, mas muito lento para ser divertido. Moonsweeper é um shooter osso duro de roer, com o perdão da gíria arcaísta. Tem uma perspectiva interessante e surpreendente, variando entre tiroteio no espaço e na superfície de uma lua - como diz o título.  Um ótimo jogo!


Já fazem algumas edições que venho usando clássicos de arcade que analisei aqui no blog para descrever jogos do Atari 2600, e acredito que isto seja um sintoma negativo da falta de originalidade que assolava os desenvolvedores nessa época. Ressalto que não quero dizer que não credito isto à falta de ideias, mas sim que o hardware disponível e o conhecimento da mídia interativa ainda era limitado. Embora tenham surgido jogos incríveis e divertidos de se jogar até hoje, fica claro que nesse período poucos títulos realmente propunham algo novo, e talvez isso explique a saturação e a crise pelas quais os videogames passaram em 1983. Isso também pode ter sido resultado de uma busca desenfreada por um lugar ao sol na biblioteca do Atari 2600... Eventualmente vou falar sobre isso em alguma publicação futura, mas por ora fecho a vigésima edição da Jornada Atari 2600 com sentimentos mistos sobre os jogos que vimos nesta publicação.

Destaques: Harbor Escape, Keystone Kapers, Marine Wars, Moonsweeper
Piores momentos: Great Escape, Master Builder, Miner 2049er, Mines of Minos, Missile Control, Mogul Maniac.


quarta-feira, 3 de maio de 2017

Análise 58: Xevious [Arcade]


Seguindo com as análises deste blog, chegou o momento de falar sobre mais este importante shooter vertical de Arcade. Xevious foi lançado para os fliperamas pela Namco em 1982 no Japão, chegando ao mundo ocidental pela Ataricem 1983. Desenvolvido com base no hardware das máquinas de Galaga, esse jogo propõe uma evolução ao estilo edificado por Galaxian e consagrado por Galaga. Mas Xevious é tão bom quanto esses jogos? Vamos discutir nessas próximas linhas...


Xevious foi desenvolvido por Masanobu Endo, que também se tornaria notório pelo jogo Tower of Druaga, e trouxe inovações importantes ao estilo shooter: desta vez a jogatina não se passa no espaço, mas sim em ambientes diurnos consistindo em florestas e rios - variedade esta permitida por maiores recursos de memória deste arcade. Com uma progressão vertical a aeronave Solvalou deve destruir objetos voadores não identificados e bases inimigas enquanto voa por sobre florestas e rios em 16 cenários. Os visuais têm um nível de detalhamento convincente para a época, sendo agradável de se ver em movimento. 


Em alguns momentos é preciso destruir bases inimigas usando bombas em cada núcleo. Tais bombas devem ser atiradas usando uma mira fixa que fica na frente da nave. Funcional, mas não tão simples quanto parece. Este é um dos primeiros momentos de lutas contra "chefões" nos videogames. Os controles são intuitivos, maravilhosamente responsivos e redondos, além de fáceis de aprender. E isso é fundamental, porque Xevious é um jogo difícil. Muita coisa acontece no cenário ao mesmo tempo e sem perda de velocidade, e o jogador será exigido o tempo todo. A dificuldade aliada a controles tão bons faz com que o jogo seja desafiante e nunca frustrante, sempre instigando o jogador a seguir em frente e se aprimorar. 





 

O tiroteio tem toda uma história cheia de  detalhes, surpreendente para um jogo dessa época. Os sons não estão a frente de seu tempo, ao contrário dos gráficos e sistema de jogo. Mesmo assim Xevious soa cativante. Apesar de não ter o impacto imediato de Galaga, é um jogo muito bem feito e divertido que vale a pena ser jogado em qualquer época. Difícil, divertido e memorável, Xevious é um exemplo de shoot 'em up vertical capaz de cativar até hoje.


 

terça-feira, 2 de maio de 2017

Jornada Atari 2600 Edição 19: Gauntlet no Atari???

Mais um produtivo mês chegou ao final de Abril neste blog sobre retro gaming. Maio vem começando com tudo. Neste momento me sinto bastante envolvido com o objetivo de terminar de jogar o catálogo de títulos oficiais do Atari 2600. Nessa edição da Jornada temos alguns altos e baixos nos jogos de 1983 para o Atari 2600. Começaremos por um dos grandes momentos: Enduro é um jogo de corrida muito bem feito da Activision, em minha opinião um dos melhores jogos de corrida da década de 1980. Clássico total do Atari 2600, assim como Pitfall e River Raid, conseguiu envelhecer muito bem. Publiquei uma análise sobre ele aqui. Depois de fritar o asfalto, passei para Fathom, jogo no qual você controla um golfinho que deve salvar uma sereia no fundo do mar. Sinceramente não consegui descobrir como salvá-la e acabei desistindo pela frustração mesmo.


Fire Fly é um shooter bizarro com um personagem lento e inimigos muito rápidos, sendo a receita para um jogo desinteressante.  Flash Gordon é mais um jogo de tiro estilo Defender com ótimos visuais mas com controle travado e dificuldade absurda. É um jogo muito bem feito visualmente falando, mas infelizmente fica frustrante muito rápido, mas de uma forma não estimulante. Vale conferir, mas sem grandes expectativas.


Frankenstein's Monster é meio que um clone de Pitfall mas em tela fixa e com temática halloween, no qual fugimos de Frankenstein evitando aranhas e obstáculos. Os controles são ruinzinhos, mas talvez eu tenha ficado mal acostumado com Pitfall... Mas vale conhecer pois não há muitos jogos assim na época antes de Castlevania. Frostbite é um dos grandes nomes do Atari mas nunca gostei muito desse jogo e minha opinião sobre ele não mudou. Entendam, não considero ele um jogo ruim, apenas esperava muito mais dele devido a sua reputação. Escrevi uma análise sobre ele aqui. Depois conheci mais dois jogos de tiro - e como tem jogos de tiro no velho Atari!!! - Gangster Alley é um jogo de tiro absurdamente sem graça, do qual recomendo vocês passarem longe... Gas Hog é um pouco melhor, mas é um clone bugado de Moon Patrol. Não tem o que fazia do original um bom jogo, portanto também é um jogo não recomendado.


Antes de carregar a rom de Gauntlet, fiquei pensando se esse não seria parte da franquia, ou até um precursor... Confesso ainda que estava até ansioso e curioso para jogar, afinal, Gauntlet é o tipo de jogo que não tem erro, certo? Bem... Para minha surpresa não tem nenhuma relação com os clássicos jogos de estilo medieval nos fliperamas. É uma espécie de corrida de obstáculos com visão aérea e péssimos controles. Que balde de água fria! Não recomendo...

Daí passei para o ponto baixo desta edição com Ghost Manor.  O jogo é uma nhaca. Desculpem a linguagem mas é horroroso. Vocês sabem que tenho sido paciente com os jogos nessa jornada. Mas com esse aqui não deu não... Depois fui para o jogo de uma franquia famosa da qual nada conheço. G.I. Joe: Cobra Strike lembra um pouco o Breakout. Nele devemos usar uma barra para proteger os "hominhos" dos tiros da cobra, além de poder também atirar nela. Ele requer o controle paddle, então não consegui jogar com precisão, então ficou  frustrante rápido. Mas deve ser divertido com o controle certo. Termino a edição citando Glacier Patrol, que é mais uma tentativa de ser Space Invaders mas é travado e frustrante. É mais um jogo que parece ter sido feito sob encomenda na época e sem um trabalho de polimento.

E assim eu encerro mais uma edição da jornada Atari 2600 com alguns jogos de 1983. A próxima e vigésima edição da Jornada ainda vai abordar jogos lançados em 1983. Até lá!

Destaques: Enduro, Frankenstein's Monster
Piores momentos: Fire Fly, Gangster Alley, Gas Hog, Gauntlet, Ghost Manor