quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Por que os jogos antigos ainda são relevantes?

Quando tinha meu Master System, não fui muito além disso :(



  Jogo videogames desde os 6 anos de idade, creio eu (não sei se desde o 5, ou 7, acho que 6 mesmo, enfim, não importa...).  Meu primeiro console foi um Master System da Tec Toy, aquele que era apenas um controle que era conectado à televisão e vinha com Alex Kidd in Miracle World na memória.  Eu adorava aquele jogo, apesar do fato de que eu não passava nem da primeira fase... Acredito que este amor incondicional é que faz dele um clássico, pois onde já se viu um ser humano em seu juízo pleno adorar de paixão um jogo do qual nem a primeira fase a pessoa consegue passar? Coisas que só acontecem comigo, eu acho, assim como foi o triste dia em que sabe-Deus-como, deixei ele molhar e obviamente que ele foi perdido. A única coisa que me lembro com clareza é que foi um acidente e fiquei triste como poucas vezes fiquei na vida.


Até hoje, meu console favorito.

  Alguns anos passaram, e em 1998 - no Natal, mais precisamente - fui presenteado pela minha mãe com um Super NES, em plena era 32-64 bits, quando o que eu queria era mesmo um N64, porém este era muito caro à época, restando-me o Super NES... E verdade seja dita, foi muito melhor assim, pois apesar de o N64 ser na minha opinião um dos melhores consoles da história, ainda considero o Super NES superior.


Diferentemente de Alex Kidd, encontrei as 96 saídas de SMW ainda moleque...  :)

  Com dois controles, veio também com Super Mario World e Prehistorik Man. Conhecem esse último? É um jogo de plataformas 2D bem semelhante a tantos outros da época, porém com alguns traços próprios muito legais.  Ao longo da vida útil do meu Super NES, tive a oportunidade de ter alguns cartuchos clássicos na coleção: Donkey Kong Country, Super Mario All-stars, Super Mario Kart, F-Zero, Killer Instinct, International Superstar Soccer Deluxe, Choplifter 3 e Desert Strike. Pude também conhecer outros jogos incríveis, como Mega Man X, Super Mario RPG, The Legend of Zelda: aLttP, Final Fantasy II (IV na verdade...), DKC 2 e 3, Mortal Kombat 2, 3 e Ultimate, Street Fighter 2 e Alpha 2, Super Star Wars, Top Gear 2 e 3000, Side Pocket, Hyper V-Ball; e outros nem tão bons porém divertidos, como Virtual Bart.  Foi uma época muito boa, e tive meu Super NES até 2007, quando o doei.

Um clássico que merecia ser mais famoso...
Tree Top Town: meu momento favorito no SNES, perfeição.















Abaixo, vocês podem relembrar - ou conhecer uma das melhores composições de game music ever: Big Blue!


  Antes de doar o SNES e ver uma coleção muito bacana ir embora (faço força para não chorar, rs), tive também um Gameboy Color, que embora tenha uma biblioteca incrível, servia apenas para jogar Pokémon Silver Version, Super Mario Land e Adventure Island. Adorava o pequeno, mas ele foi roubado em Maresias-SP... Coisas que, repito, acho que só acontecem comigo.
Tenho certeza de que passei das 300 horas jogando Pokémon Silver - entre 2001 e 2004.
 Em 2003 ganhei um GameCube, que fez minha alegria por muito tempo com aquele que é, provavelmente, meu título favorito até hoje: The Legend of Zelda: Wind Waker. Também pude me divertir absurdamente com outros ótimos jogos, como Super Smash Bros. Melee, Need for Speed Underground, Tony Hawk's Underground, Burnout 2, entre outros. O GC pelo menos tenho até hoje... Calejado com o Master System, o Gameboy Color e com o Super NES, todos perdidos de alguma forma,  posso dizer que hoje sei cuidar bem de um sistema... rsrs. E de todas essas experiências que tive, o hobbie de apreciar jogos antigos - e bons - ganhou força e há tempos tenho vontade de criar um blog pessoal sobre esse lazer tão bacana e rico em experiências.
Até hoje, continua sendo meu jogo favorito. :)
  Hoje, nessa época de DLCs, jogos limitados e com pay-to-win, rankings online, multiplayer online passível de ofensas por parte de estranhos, lei dracônica de visuais em HD, o universo dos jogos retrô adquire uma dimensão nunca antes vista, pois diferentemente de hoje, os jogos eram aquilo que você comprava e pronto; os jogos vinham completos e DLCs eram expansões de jogos para PC - e não pedaços do jogo principal que estavam faltando no pacote inicial. Talvez seja por isso que dos consoles atuais, eu apenas acompanho o 3DS; os outros sistemas ainda não me conquistaram... Bem, para não parecer que só me dei mal com jogos antigos, esse ano tive uma surpresa maravilhosa: minha namorada me deu de presente o Mega Drive dela funcionando 100% no dia dos namorados... O que me convence de que não sou tão pé-frio para coleções como eu achava que era!
Antes tarde do que nunca, hoje finalmente estou jogando Mega Drive!
  Os jogos antigos são representantes de um período em que os desenvolvedores dispunham de mais limitações do que recursos, e isso impulsionava a criatividade, e os caras simplesmente se superavam e criaram o que, a meu ver (e de quem lê este blog, tenho certeza), são obras de arte atemporais, e que resistem ao teste do tempo. Espero que gostem deste blog, e compartilhem conosco suas histórias com os videogames retrô!

Um comentário:

  1. Muito bem vindo à "blogosfera" retrogamer, meu bom amigo!
    Embora com certa diferença de idade, passamos por uma experiência análoga: quando, ainda moleque - embora já indo pro segundo vídeo-game - pedi para minha família um Mega Drive e fui presenteado com um Master System. Segundo minha avó, na época, comprou o Master pois a palavra "Master" significava mais do que "Mega" (em qual dicionário essas palavras se relacionam eu ainda não entendi). A verdade é que foi uma infeliz tentativa de ocultar o motivo "falta de dinheiro", mas também sou grato pois, desta forma, joguei pérolas como Alex Kidd, Sonics de 8-bit e até shooters desconhecidos como Scramble Spirits... E ainda hoje corro pelas ruas do velho mundo com meu Porche em Outrun Europa :).
    Fico feliz de ver essa vertente de Blogs ganhando sangue novo pois, passada a modinha de retrogames que dominou o final da primeira década deste milênio, sobraram agora poucos que realmente curtem essa maravilhosa forma de arte. E, podendo contar com matérias bem escritas – aqui certamente será uma fonte delas – melhor ainda.
    Grande abraço!

    ResponderExcluir