A primeira vez em que vi um Super Nintendo foi mais ou menos assim... |
O objetivo com esta nova coluna do blog - Back to the Nineties - é relembrar os jogos que joguei quando criança por meio da memória... Aqui eu busco revisitar estes jogos e momentos, retratando a experiência conforme minha lembrança dessa época. Vamos então ao assunto de hoje, que foi a primeira vez em que vi um Super Nintendo. Aos 7 anos de idade, já órfão do Master System que morreu afogado coisa de um ano, um ano e meio antes, em uma visita à casa de um dos meus tios avós, tive meu primeiro contato com um Super Nintendo. Meu primo na época deveria já estar batendo em uns 17 ou 18 anos e tinha permitido que eu jogasse aquele impressionante videogame à vontade. Qual cartucho estava lá? Simplesmente Donkey Kong Country 2. Em 1997 era um jogo relativamente novo, tendo sido lançado em 1995. Evidentemente eu não sabia disso naquela época, mas aquele momento foi algo especial. Se Alex Kidd no Master System me impressionava, DKC2 foi algo completamente inédito, assim como o próprio Super Nintendo. Aquele sistema de cor clara e seus botões roxos... Cartuchos que podiam ser trocados era algo que eu nunca havia visto até então, pois na época do Master eu só tinha o Alex Kidd da memória, por isso aquela entrada de cartuchos atrás do Super Compact era meio que lendária para mim: eu sabia que os cartuchos existiam, mas nunca havia visto.
Até aquele dia em que meu primo colocou DKC2 para eu jogar. O controle do SNES era de um conforto absurdo, fazia-se sentir natural nas mãos, diferente daquele controlão da Sega que eu conectava direto na televisão. E depois do estalo do botão power, o momento épico da vinheta da Rareware. Nunca eu havia escutado um som tão limpo e real em um videogame: aquilo parecia coisa de filme, e as coisas só melhoraram a cada tela. Por alguns minutos que pareceram horas eu contemplei a tela inicial com Diddy e Dixie contra os Kremlins. E obviamente eu nada sabia desses nomes. Passada a admiração da tela inicial começou o jogo em uma tela estranha para mim: uma ilha vista de longe. Descobri que aquilo era um mapa em que continham as fases do jogo, que começava de fato em um navio pirata. Logo ao começar a primeira fase, mais um momento contemplativo: parecia que estávamos mesmo em um navio! Ele balançava e rangia com as ondas, e aquela música... Fiquei impressionado, realmente.
Esse momento foi épico lá em 1997! |
Na época, achei um absurdo poder ficar pouco tempo com o rinoceronte... |
E finalmente passei da primeira fase, com mais uma ótima vinheta ao final. A segunda fase foi ainda mais impressionante pois se passava no alto do mastro do navio, com sua neblina, vento e música de tom épico e um pouco melancólico criando um clima sensacional. Nesse dia me lembro claramente de que não passei dessa fase, mas a partir de então ter um Super Nintendo se tornou uma espécie de sonho, e eu esperaria até no natal de 98 até que finalmente teria meu próprio console novamente. Mas isto é uma conversa para um outro dia.